Estudando o Espiritismo

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

VITOR RONALDO COSTA



VITOR RONALDO COSTA RETORNA À PÁTRIA ESPIRITUAL - Revista Internacional de Espiritismo - Edição de Jan/2016 - Casa Editora O Clarim
Vitor Ronaldo Costa, escritor espírita com várias obras publicadas, além de palestrante e articulista doutrinário, retornou para a pátria espiritual em 21 de novembro de 2015, com 72 anos, em Brasília, devido a um câncer de pâncreas.
Em 19 de setembro de 1943, na cidade do sol, Natal - Rio Grande do Norte, nasceu Vitor Ronaldo Costa, o primogênito de cinco irmãos. Nascido em família espírita, sempre vivenciou a doutrina dentro de casa e desde cedo participava de reuniões mediúnicas.
Sempre mostrou inclinação pelo inexplicável aos olhos da matéria. A mãe contava que, ainda pequeno, gostava de sentar-se à mesa, com papel e caneta na mão, dizendo que ia psicografar. Em posição bem compenetrada, escrevia: “Jesus é amor”, a mãe achava graça, abraçava-o e dizia: “Muito bem! Excelente a sua mensagem!” E ele saia satisfeito por ter cumprido sua tarefa espiritual do dia.
Aos 14 anos, deparou-se com a primeira grande perda física da sua vida, a morte de seu pai. Soube, desde então, que se tornaria o “homem” da casa. A vida modesta e a necessidade de ajudar nas despesas da família fizeram com que ele começasse a trabalhar muito cedo. Sua mãe, mulher forte e generosa, foi a grande responsável pelo cultivo do espiritismo em seu ser. Na luta do cotidiano de criar seus filhos e viver as diretrizes da doutrina espírita, foi acometida por um câncer de mama, que acolheu com resignação e serenidade. Mesmo com tratamentos precários, resistiu bravamente durante vários anos e veio a falecer no dia da sua colação de grau em medicina.
Esteve casado por 45 anos com Janete, companheira que sempre lhe apoiou nos trabalhos espirituais. Era ela quem oferecia o primeiro acolhimento daqueles os quais procuravam consolo por meio dos tratamentos espirituais. Pai de três filhas e um filho e avô de cinco netos.
Na medicina, especializou-se em Medicina de Aviação, Clínica Médica e Homeopatia. E, na medicina da alma, por meio dos seus trabalhos mediúnicos, buscava oferecer a oportunidade de aliviar o sofrimento de encarnados e desencarnados.
Como médico da aeronáutica, foi morar em Porto Alegre e, posteriormente, radicou-se definitivamente em Brasília. Em Porto Alegre, buscava resposta para a necessidade de aprimorar os resultados das terapias desobsessivas dos doentes psiquiátricos do Hospital Espírita. Foi quando conheceu o Dr. José Lacerda de Azevedo e tornou-se o fiel companheiro dele, o mestre que o introduziu na desobsessão amorosa em casos complexos e o ensinou como exercê-la, utilizando-se da Apometria. Do Dr. Lacerda recebeu acolhimento, amizade, reforço à retidão e os manuscritos da grande obra dele. Este escreveu dois livros sobre o tema.
Em Brasília, labutou em trabalhos desobsessivos como dirigente mediúnico em várias casas espíritas. Finalizou sua tarefa corpórea das atividades mediúnicas no Grêmio Espírita Atualpa, casa que o acolheu com grande generosidade. Foi doutrinador, com mais de 40 anos de prática, no esclarecimento, conforto e despertamento dos espíritos sofredores. Foram milhares de assistidos, encarnados e desencarnados, atendidos sem qualquer tipo de cobrança, condição ou diferenciação por credo ou classe social.
Disciplinado, era um estudante incansável do espiritismo. Escreveu os seguintes livros: Mediunidade e Medicina; Apometria – Novos horizontes da medicina espiritual; Gerenciando as emoções à luz da sabedoria Crística; Enfermidades da alma; O visitador da saúde; Desobsessão e Apometria; e Mentomagnetismo e Espiritismo. E os seguintes livretos: Minuto mediúnico; Otimismo em verso e prosa; e Allan Kardec: Vida e Obra (espiritismo em versos). Foi um exímio palestrante, que atuava em várias casas espíritas, dentro e fora de Brasília.
Sistematizou, conjuntamente com seu sobrinho Gustavo Henrique de Lucena, as informações trazidas pelos espíritos sobre o Mentomagnetismo, com elucidações sobre o uso mental do magnetismo como auxílio fundamental para os trabalhos de desobsessão e de cura espiritual. Seu último livro publicado abordava esse assunto.
Um homem que soube viver e morrer. Tinha convicção na continuação da vida e no amparo dos bons espíritos. Ao receber o diagnóstico, afirmou sem titubear: “- Estou pronto!” Por conseguinte, não sucumbiu à revolta, à negação, à depressão quando colocado diante da doença fatal. Abdicou-se de murmurar queixas. Dizia estar tudo bem e minimizava os incômodos dos catéteres, drenos e intensa icterícia. Diante da cirurgia mutilante, só manifestava confiança e gratidão aos médicos, enfermeiras e nutricionistas. Sabia que ia desencarnar, mas minimizou a situação para que a família não sofresse. Para quem o conheceu ficou a saudade física da sua presença, mas a certeza de que Vitor Ronaldo Costa foi um homem bom. Nesse momento, no plano espiritual, reencontra seus entes queridos e todos aqueles que ele pode auxiliar durante mais de quatro décadas de trabalhos espirituais realizados com base no amor e na caridade.

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