Estudando o Espiritismo

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sábado, 16 de julho de 2016

Amar ao Próximo como a Si Mesmo

Amar ao Próximo como a Si Mesmo


“Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.”

A frase acima quase já se transformou em “dito popular”, um estereótipo, ou “comum de se ouvir”, por assim dizer. No entanto, poucos refletem sobre a profundidade dessa assertiva, provavelmente, pelo seu uso casual.

Contudo, há ainda muito para ser vislumbrado nessas sábias palavras do Mestre Jesus. Sugiro hoje invertemos alguns elementos dessa oração, para suscitarmos algo novo em nossas mentes. Poderíamos, por exemplo, dizer: “Amarás a ti mesmo como ao teu próximo” – será que daria certo?

É difícil compreender porquê, mesmo sabendo o que deve ser feito, fazemos as coisas de forma errada...


Sabemos que devemos amar ao próximo, mas muitas vezes não concretizamos isso. Os problemas em cumprir essa ordem do mestre já se iniciam em estabelecermos quem é o nosso próximo! Pois, afinal, quem é nosso próximo? – temos por senso comum que nosso próximo é aquele que se encontra por perto, mas sabemos que o Cristo se referia a nosso próximo como todos aqueles com que temos contato, ou não. E então, prosseguimos dizendo que devemos amar ao próximo, dizemos que o próximo são todos nossos irmãos, mas apenas nos preocupamos - muitas vezes, superficialmente – com amigos ou familiares.

Nos proporcionamos um equívoco sobre quem é nosso próximo, dizendo que são todos, mas se preocupando, orando e ajudando apenas alguns amigos ou parentes.

Digamos que o problema em estabelecer quem é nosso próximo esteja resolvido – pois nos encontramos convictos disso, mesmo que de modo suspeito – e o nosso problema esteja em amá-los, amá-los como a nós mesmos, ou ainda, retomando a proposta inicial: nos amarmos como amamos ao próximo.

Digo isso, pois, muitas vezes, a dificuldade em amar ao próximo reside no fato de que, muitas vezes, não amamos nem a nós mesmos. Como podemos dar algo que não temos? Há muitas formas de expressarmos amor aos outros, mas há mais ainda para expressarmos amor a nós mesmos. Precisamos aprender a nos amar, nos aceitar, a estarmos em paz conosco, para podemos então repartir esse amor.

Amar ao próximo como a si mesmo, pode, por exemplo, começar com demonstrações de respeito. Mas para isso, preciso me respeitar.

Pode ser também uma prece. Mas preciso antes, fazer uma prece por mim.

Posso realizar uma orientação, que auxilie meu próximo em uma dificuldade, mas preciso antes, estar orientado sobre as minhas próprias perspectivas e expectativas.

Você pode se perguntar: “Mas então, só posso cumprir o “amar ao próximo” se eu me amar, e só posso ajudá-lo se eu já tiver superado todas as minhas dificuldades íntimas?” – Não!!

Você pode subir degrau por degrau de sua evolução, crescendo junto com seu próximo, mas sem se esquecer que você também necessita de crescimento, não se colocando em uma posição superior, mas demonstrando cumplicidade em cada atitude sua em relação à outra pessoa.

Enfim, meu objetivo aqui se limita em despertar a todos que observam os mandamentos do Cristo, a buscarem uma reforma íntima, para melhor realizar cada uma de suas etapas evolutivas, colaborando com outros, mas também consigo mesmo.


Que possamos, portanto, amar ao próximo com um amor legítimo (não forçado, ou superficial) que surge do mais íntimo de teu ser, lembrando que devemos buscar amar ao próximo como a nós mesmos, mas também devemos nos amar, como buscamos amar ao nosso próximo.

Texto elaborado por Virgínia Maria Nuss

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