Estudando o Espiritismo

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domingo, 10 de novembro de 2013

Atendimento Fraterno


AUTOR: ALCIOLI SANTOS

O trabalho de Atendimento Fraterno na Casa Espírita tem como objetivo principal, levar o atendido a refletir sobre os próprios problemas e como a Doutrina Espírita pode lhe ajudar nesse momento de sua vida. Esclarecer sobre tudo que lhe acontece neste período de existência, que vive reencarnado e como conviver com as diversidades do mundo.

Nós espíritas, de uma forma geral, adotamos uma postu-ra de achar que temos todas as respostas e que os Centros Espíritas estão preparados para resolver todos os problemas das pessoas que o procuram. Grande engano.

O trabalho de Atendimento Fraterno através dos postula-dos doutrinários, embasados e fundamentados na Doutrina, pode oferecer um caminho seguro para as pessoas que pro-curam os Centros Espíritas, estabelecendo critérios de me-lhoria de vida através da compreensão da Filosofia Espírita. O estudo da Doutrina é um dos principais caminhos para essa nova postura de mudança, transformando pensamentos e, conseqüentemente, atitudes perante tudo que está em sua volta. É o renascer de um novo homem.

O Atendimento Fraterno nas Casas Espíritas não tem como finalidade resolver os problemas das pessoas, mas fazer com que o conhecimento espírita possa ajudar a pessoa a conviver com as diversidades da vida e levar aqueles que procuram uma solução para os seus problemas, descobrir uma forma mais equilibrada para viver o seu dia-a-dia.

“A função do Espiritismo não é curar corpos, mas animar o homem, a fim de que se autocure espiritualmente, e a saúde seja-lhe uma conseqüência da própria transformação moral.” (*)

Ouvir as pessoas não é algo tão fácil como parece. O atendente vai precisar ser conciliador, paciente, empático sem ser conivente, e, junto com o atendido, encontrar o melhor caminho para seu problema que tanto lhe aflige naquele momento.

A Casa Espírita tem enorme responsabilidade sobre esse trabalho de Atendimento Fraterno, uma vez que estamos trabalhando com sentimentos e sentimentos têm um campo de fragilidade profundo e bastante vasto de várias possibilidades. Por esse motivo, a conversa fraterna tem que ser sempre direcionada para o que é melhor para o atendido e deixando sempre as soluções em suas mãos. Somente o atendido sabe realmente o que lhe aflige. O caminho pode e deve ser sempre o indicado pela Doutrina Espírita, uma vez que a pessoa procurou o Centro, mas nunca devemos esquecer de respeitar as convicções religiosas do atendido. O respeito pelo outro é sempre fundamental nesse trabalho.

Nunca o Atendente deve se envolver emocionalmente com os problemas abordados no atendimento, mesmo que o diálogo possua profundo contexto emocional. Devemos par-ticipar com atenção e respeito, nunca, porém, se deixar levar pelos problemas relatados. (**)

Ouvir é diferente de escutar, temos que ter sempre isso em mente. Escutar, segundo o dicionário Aurélio é tornar-se ou estar atento para ouvir; prestar atenção para ouvir alguma coisa. E, Ouvir é perceber, entender, dar atenção a, ou ouvido as palavras de; atender. Ouvir é diferente de escutar. Ouvir requer doação. Muitas vezes precisamos mais de um ouvido amigo do que de pão; ouvir e ser ouvido são um dos grandes remédios para o espírito, um conforto para a alma.

Nós espíritas temos uma preocupação constante com a caridade material, mas não devemos nunca esquecer da caridade moral. Levar o alimento do corpo a quem tem fome é louvável, sem nos esquecer, porém, do alimento para a alma. Um espírito esclarecido, liberta consciência. Pensemos neste ponto. ▲
______________________
(*) – Do livro “Atendimento Fraterno”, projeto Manoel Philo-
meno de Miranda. Livraria Espírita Alvorada Editora,
Salvador-BA, 2003. Pág. 33.

(**) N.R. – Quando, porém, o Atendente se sentir afetado em um determinado atendimento, deve buscar auxílio imediato junto aos companheiros de tarefa. Percebe-se quando se está sendo afetado, se houver reflexos nos seus atos e pensa
Alcioli Galdino

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