Estudando o Espiritismo

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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

AMAR O INIMIGO


Esta é uma ação da qual não poderemos fugir caso queiramos crescer espiritualmente. Ao ler uma reportagem sobre o assunto, gostei tanto que achei interessante trazer até nossos estudos. Procurarei na medida do possível, resumir. A mesma encontra-se segundo a reportagem, no canal IRC Espiritismo. O ideal seria transcrever na íntegra mas vamos tentar colocar o principal do tema em questão.



Amar o inimigo é algo que na prática poucos conseguem. Mas, esta é uma realidade da qual não podemos fugir e só ficarmos no aspecto de falar sobre ela, entender, porque o crescimento moral depende também deste ato. Quando você tem o conhecimento de que deve amar seu inimigo e o porque deste ato, você deve se esforçar para tal. Use a fé raciocinada e deixe que sua capacidade de amar se desenvolva de tal maneira que possa conseguir a prática do amar ao inimigo.



Mas, será que amar a um inimigo é a mesma coisa que amar a um parente? Como poderíamos fazer isto? Analisem a resposta do entrevistado: “Se o parente é alguém de quem gostamos e temos afinidade, então não é a mesma coisa. No Evangelho, no capitulo XII temos o seguinte: Geralmente há um equívoco no tocante ao sentido da palavra amar neste passo. Não pretendeu Jesus, assim falando, que cada um de nós tenha com o seu inimigo a ternura que dispensa a um irmão ou amigo, pois esta pressupõe confiança. Ninguém pode depositar confiança em uma pessoa sabendo que esta lhe deseja o mal, ninguém pode ter expansões de amizade, sabendo que ela é capaz de abusar desta atitude.



Entre pessoas que desconfiam umas da outras, não pode haver manifestações de simpatia como as que existem entre quem tem as mesmas idéias. Ninguém pode sentir pelo inimigo, o mesmo que sente por um amigo. Amar o inimigo, é primeiro combater em nós mesmos a vingança e os maus pensamentos, buscar a mudança de postura com relação a ele. Todo espírita sabe que o inimigo de hoje pode ser a vítima de ontem e então devemos compreende-lo e amá-lo.



Sabemos que o nosso inimigo não é alguém de quem gostamos. Sabemos que é difícil amar assim, mas nós temos que entender que ele é alguém que com certeza deve ter seus motivos para hoje nutrir ódio mas que também assim como nós, terá que aprender a amar. Quem nos garante que você e seu inimigo já não vieram lá de trás com eternos problemas? Quem te garante que você não tenha feito algo de mau a ele e hoje o tem como inimigo? Cristo diz que devemos reconciliar com o inimigo enquanto estamos caminhando, por isto sempre você terá a oportunidade para tal. Não é muito fácil mas as oportunidades sempre estão ao nosso alcance. Só se afastar dele, já é algo muito melhor que engendrar vinganças, mas devemos orar e pedir forças para que possamos nutrir sentimentos bons para o inimigo de hoje.



Interessante é saber que quando você odeia, você acaba se prendendo à outra pessoa. A lei da ação e reação, a sintonia é que vai ligando as partes. Você fica escravizado a este sentimento que vai gerando vingança e você acaba perdendo tempo precioso em sua caminhada.



Como tirar este sentimento? Primeiro é preciso ter muita vontade, não aquela passageira, que muda rápido mas a que vem com a certeza de Deus. Temos que raciocinar e ter fé. Ë muito difícil porque ainda nos afastamos do mal e muitos ainda querem ou praticam a lei do olho por olho, dente por dente. Segundo, é preciso coragem já que toda a base está no pensamento. Com estas duas coisas, devemos então direcionar nosso pensamento de forma positiva. Se você quando pensar no inimigo e logo seu pensamento for para o ódio, combata ele pensando que ele deve ter uma qualidade porque é um ser humano como você. Pense nele como alguém que tem qualidades. No inicio pode ser difícil mas se você exercitar aos poucos verá que logo aprenderá como foi bom mudar o nível do pensamento. Um dia você perceberá que já não mais sente o que sentia antes. E quem sabe até transforme aquele inimigo em um novo amigo?



Outro fato interessante é que o inimigo desencarnado pode atuar num outro encarnado e fazer com que tenhamos mais desiquilibrio ainda. Isto é normal. Mas, se nós entendemos e compreendemos, devemos orar e vigiar. Muitos dizem também que o ódio é o amor que está doente. O ódio é um sentimento ligado aos nossos erros, ao orgulho, ao egoísmo. Se a gente tem o amor egoísta por dentro e quando ele não atende aos nossos interesses, aí vem o ódio. Pode ser isto.



A prece sempre ajudará também a esquecer as mágoas, mas com certeza a ação será a nossa. Quando você age e pensa com o coração, você se sintoniza a bons espíritos que irão te auxiliar. Trarão bons conselhos e energias positivas, mas como temos o livre arbítrio, poderemos desprezar isto e aí é que a prece perderá seu efeito. Portanto é preciso forças e querer agir para o bem.



Amar o inimigo é crescer no amor, sem isto, sem o perdão jamais iremos evoluir. A doutrina com sabedoria, nos explica que é importante o esquecimento do passado e sendo assim, as oportunidades serão melhores aproveitadas. Perdoando, reconciliando, vamos aprendendo e resgatando nossos débitos. Com a certeza de que houve e sempre haverá novas vidas, sabemos avaliar que ou fomos vitimas ou fomos algozes portanto, entre eu e meu inimigo, aconteceu algo de ruim e temos que acertar isto. Jesus disse que temos que pagar até o último ceitil. Quer dizer que conforme vamos evoluindo, mais a nossa consciência nos cobrará os atos praticados. Veja o exemplo colocado abaixo:



Imaginemos que numa empresa alguém para subir de posto, puxou o tapete de um amigo, que é despedido e, não suportando as dificuldades, se entrega e vem a morrer. Um dia esta que morreu, despertará e enquanto não se vingar ou resolver a questão em si, ele não sossegará. Ninguém foge de sua consciência, portanto, é preciso resolver e resolver da melhor maneira e dentro das leis de Deus nossos problemas. Porque um dia seremos cobrados. Nada se perde no tempo.



Para encerrar, diria que cada um de nós somos um universo em si mesmo. Cada um pensa e entende a vida de uma maneira. É normal analisarmos o nosso semelhante de acordo com nós mesmos e isto nos deixa pouco generoso, pouco compreensivo e até rígido demais. Somos assim no trabalho, na família e sempre estamos perto de revoltarmos com qualquer contrariedade. Devagar vamos nutrindo sentimentos com nossos semelhantes que acaba em ódio. Temos que cortar o  mal pela raiz. Temos então que sempre lembrar que façamos ao semelhante o que gostaríamos que nos fizessem. Isto em todos o momentos. Devemos iniciar então pelo pensamento e a ação será conseqüência. Jesus não veio a Terra em vão.


Fonte: entrevista dado por Carlos Alberto ao IRC Espiritismo.

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