Estudando o Espiritismo

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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Dor e Sofrimento - Palestra



Precisamos entender primeiramente que dor é algo bastante particular a cada ser e não nos cabe julgamento sobre o tamanho do sofrimento de cada um.

Existem dois tipos de dores: - a dor física e a dor moral
Dor física – é uma resposta do corpo físico ao mau uso que fizemos de nosso envoltório material que nos serve muitas vezes como alerta. Ex.: Certa ocasião uma senhora nos contava que estava envolvida na pratica de esportes e, embora já tivesse 70 anos, como sentia-se bem resolveu treinar corrida todos os dias de manhã, de tarde e de noite...não sentia o peso da idade. Ocorreu que após um ano desta nossa conversa soubemos que ela havia adquirido um bico de papagaio que a impossibilitava de levantar da cama (...) Vejam aí o abuso e a incoerência do ser. Certamente todos nós temos um caso parecido para contar.

Dor Moral – é aquela que o próprio ser angaria em virtude de seus equívocos e tem como finalidade evoluir o homem, lapidar seus sentimentos e purificar sua alma.

Qual a dor maior?
Quando questionados sobre dor os Espíritos superiores nos afirmaram que a Dor Moral é certamente maior porque enquanto o indivíduo não aprender a lição que ela deverá trazer esta dor perdurará.

Buda nos afirma que a dor faz parte da vida, mas que a própria vida ensinará o caminho para deixarmos de sofrer. Um pensamento muito parecido com a D.E.

Lembrando que a D.E. nos aponta que a dor deverá sempre nos servir de educação/aprendizado e nunca de punição.
Ex.: Seres que se auto flagelam em busca de iluminação estão completamente equivocados, pois Deus não quer que nós criemos dores para nós.

Deus Pai maior
Deus é nosso pai maior e como todo pai quer que seu filho progrida, cresça, alavanque sua vida sempre com ideais enobrecedores e jamais nos proporcionaria dores para que sofrêssemos sem necessidade.

Remédio amargo: Um exemplo bem clássico é aquele pai que ao ver seu filho doente é obrigado a ministrar-lhe um remédio ruim, mas sabe que este recobrará sua saúde.
Assim Deus é para conosco. Todo e qualquer sofrimento nos servirá sempre de escada para sendas de nosso progresso moral.

Ex.: No livro “Nos bastidores da obsessão” – Hermírio de Miranda conta um caso de um senhor, pai de uma família grande, viciado em jogo certa ocasião fora apunhalado por um colega de jogo por chamá-lo de ladrão e jurou vingança – pretendia ceifar a vida de seu antagonista. Ainda acamado foi interferir em uma briga caseira causada por uma de suas filhas e o corte abrirá novamente agravando-lhe o mal e obrigando-o a permanecer na cama por muitos outros dias. O Caso é que durante toda sua recuperação a filha, causa do acréscimo de sua dor, resolveu ler o E.S.E. todos os dias para reconfortá-lo. Passado muitos meses, quando no julgamento do homem que lhe havia apunhalado as costas ele própria falará ao Delegado para absorver o homem dizendo que ele era o responsável, pois havia ofendido verbalmente o rapaz. Vejam que mudança de pensamentos e o quanto esta dor fora útil ao homem. Esta história nos trás muitas reflexões.

Mundo de Provas e Expiações
Qual a diferença entre expiação e prova?
Expiação: é o resgate imposto pela Justiça Divina a espíritos recalcitrantes. Prova: é o resgate escolhido por espíritos conscientes de seus débitos e necessidades.

Como identificar o espírito em expiação?Geralmente é o indivíduo que não aceita seus sofrimentos, as situações difíceis que enfrenta, rebelando-se.Atravessa a existência a reclamar do peso de sua cruz.

E o espírito em provação?Podemos identificá-lo como aquele indivíduo que enfrenta as atribulações da existência de forma equilibrada, aceitando-as sem murmúrios.
Como um aluno que se submete a exame, tenta fazer o melhor, habilitando-se a estágio superior.

É sempre assim?Nada é definitivo no comportamento humano, já que exercitamos o livre-arbítrio. Um espírito em provação, que fez louváveis planos para a vida presente, pode refugar o que planejou. Da mesma forma, um espírito em expiação pode experimentar um despertamento da consciência, dispondo-se a enfrentar suas dores com dignidade, buscando o melhor.

Miséria é expiação?Não é a posição social que determina a natureza das experiências vividas pelo espírito. O homem rico pode estar em processo expiatório, caracterizado por graves problemas. Por outro lado, a extrema pobreza pode ser uma opção do espírito em provação, atendendo a imperativos de sua consciência.

Bem sofrer e Mal sofrer
Como já dissemos não podemos julgar o tamanho da dor de cada um, pois cada qual receberá o fardo que necessitará carregar. A dor atinge á todos tanto o Rico quanto o Pobre. O que é dor para alguns não o é para outros.

Ex.: Um homem rico que perder cem reais sequer sentirá falta quanto para o pobre isto fará grande diferença.

A diferença entre os que sofrem mais ou menos é justamente a evolução de cada ser. A D.E. nos ensina que devemos ser pacientes e resignados. Firmes na fé e conscientes de que tudo passará. Lembrando que todo aquele que se revolta e se desespera a esta ou aquela dor acaba sofrendo muitíssimo mais do que aquele que tem fé em dias melhores.

No L.E. os Espíritos superiores nos apontam que os homens dóceis são mais atentos aos avisos da espiritualidade enquanto que os rebeldes sofrem muito mais. Os bons atingem mais rapidamente os objetivos e todos, embora fadados à perfeição, há quem sofre mais ou menos por serem mais ou menos harmonizados diante dos fatos.

O livro “As dores da Alma” – Francisco do Espírito Santo Neto pelo espírito Hammed nos trás informações ricas sobre dores que nós próprios cavamos para nossas vidas e nos informa sobre as causas, conseqüências e possíveis soluções.
Dentre os inúmeros temas abordados gostaríamos de ressaltar o Orgulho, a Inveja e o Egoísmo como sendo as principais causas das dores humanas. Vale a pena sua leitura.

Como já aprendemos na D.E. existe a Lei da Ação e Reação que todos nós estamos sujeitos, não há como fugir desta lei maior. Por este motivo quando não encontramos, nesta vida, causa de nossas dores certamente a D.E. nos indica que é causa de nossos equívocos de vidas pretéritas.

A dor prolongada é necessária?
No livro “O problema do Ser do Destino e da Dor” – Leon Denis nos aponta que a dor será necessária enquanto o homem não tiver posto seus pensamentos e seus atos de acordo com as Leis Morais.

Sabemos que somos nós os arquitetos de nossa vida e dentro desta consciência devemos trabalhar hoje por um amanhã melhor. O que eu plantar eu certamente colherei: Se plantar rosas colherei rosas (...) Ainda na lei da ação e reação o que eu semear eu colherei...

Dores prolongadas serão amenizadas à medida que o ser evoluir espiritualmente.
Ex.: quer exemplo maior do que Jesus que tanto sofreu, mas em todos os momentos esteve firme na fé em dias melhores na Casa de seu Pai?

Precisamos olhar mais o outro, sermos mais altruístas do que egoístas. Quantas vezes não reclamamos por coisas tão banais enquanto outros, menos afortunados, choram a dispensa vazia, a doença sem cura, a morte prematura de filhos...

Se não alçarmos vôo à certeza de que estamos aqui neste planeta somente de passagem, de que somos espíritos em evolução, de que tudo passa (...) dores e alegrias são passageiras, estarei envolto de dores infindas que certamente eu PRÓPRIO AS CRIEI.

Mudar para não mais sofrer
No livro “Reforma Ìntima sem Martírios” de Ermance Dufaux temos um capitulo inteiro sobre como nos auto melhorarmos.

Como dizia Sócrates “Conheça-te a ti mesmo”.
Quando nos avaliamos e nos observamos sabemos exatamente nossos pontos positivos e negativos. Poderemos identificar o que ainda deve ser melhorado para finalmente evoluirmos.

Não temos dúvidas de que trata-se de um trabalho árduo e que requer, muitas vezes, mais do que alguns dias de reflexão e sacrifício para largarmos o homem velho, mas quando nos olharmos no espelho e vermos mais luz nos sentiremos felizes e recompensados.

Ex. Santo Agostinho no E.S.E. sugere que todos os dias antes de dormirmos devemos apontar tudo o que fizemos naquele dia. Às boas coisas repeti-las, mas aos maus feitos  tratar de corrigi-los o quanto antes para não levarmos mais débitos para nosso futuro.

Não há trabalho que não tenha sua recompensa
E que se hoje a dor me assalta que eu faça o melhor que puder deixando de lado o egoísmo, a inveja, o orgulho que eu pratique caridade com amor lembrando que haverá sempre um irmão mais necessitado do que eu e finalmente, após fazer a minha parte eu, mesmo em lágrimas agarre-me, com todas as minhas forças, a minha fé lembrando que o Pai Maior não desampara ninguém nunca!!!

Muito obrigada por sua atenção.
Paz e Luz a todos!

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