Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 14 de maio de 2012

INFÂNCIA E EDUCAÇÃO




abril 8, 2012


A criança é um espírito imortal que reinicia sua aprendizagem no mundo,  trazendo consigo, ao renascer, uma bagagem de experiências milenares, mas  carregando também o germe de seu aperfeiçoamento. Seu objetivo ao reencarnar  na Terra é evoluir, desenvolver suas potencialidades que se encontram  adormecidas, corrigir os erros cometidos no passado, superar os próprios  defeitos e desenvolver gradativamente o germe da perfeição.

“O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos  princípios educativos” (Emmanuel). A criança tem a manifestação da sua  inteligência limitada na infância e, na medida em que seus órgãos se  desenvolvem, gradualmente a bagagem interior começa a se manifestar.  Portanto, como essa bagagem interior, trazidas de outras vidas, não se  encontra totalmente aflorada, a criança se torna mais receptiva ao processo  educativo.

Joamar Zanolini Nazareth, no livro “Um desafio chamado Família” /Minas  Editora), explicava com muita clareza acerca da situação: “É nesta fase que  o espírito observa, analisa e grava profundamente tudo o que ouve e vê,  estando mais flexível aos esforços dos pais por ainda nao haver despertado toda a sua carga de sentimentos, vícios, desejos, hábitos”.

Os maiores responsáveis pelo papel de educar são os pais, que devem oferecer os estímulos necessários ao progresso da criança, não só despertando o  potencial que se encontra temporariamente “adormecido”, corrigindo os  impulsos mal direcionados, como também desenvolvendo as demais potências da  alma, visando despertar os poderes latentes do Espírito. “Os espíritos dos  pais têm por missão desenvolver os dos seus filhos pela educação” (Livro dos  Espíritos – 208).

O Evangelho Segundo o Espiritismo, no cap. 5, item 4, ensina que as causas  atuais das aflições humanas são conseqüências naturais do caráter e da  conduta daqueles que as suportam e diz: “Quantos pais são infelizes com seus  filhos, porque não combateram suas más tendências no princípio! Por fraqueza  ou indiferença, deixaram se desenvolver neles os germes do orgulho, do  egoísmo e da tola vaidade que secam o coração; depois, mais tarde,  recolhendo o que semearam, se espantam e se afligem pela sua falta de  respeito e ingratidão”.

Gerar confiança na criança, esclarecendo-a, estimulando-a, auxiliando o  Espírito confiado em suas mãos, para que se torne um ser que pensa, sente e  age no bem, através da razão e do bom senso, devem ser o objetivos dos pais.  Com o desenvolvimento da razão, a criança começará a analisar os fatos e as  situações, pensando e escolhendo o melhor. Já com o desenvolvimento dos  sentimentos, a criança despertará para o amor, para a bondade,  aproximando-se de Deus. Eis aí, a verdadeira educação, a educação do  Espírito, que desenvolve as potências da alma, favorecendo a autonomia  intelectual e moral.

A mudança da nossa sociedade começa pela mudança no pensar de nossas  crianças. Allan Kardec, assim se manifesta: “Como aguardar uma sociedade  aprimorada sem a melhoria do homem e como esperar um homem melhorado sem a educação oral da criança”.

(Priscila Lehn – P/ o Jornal Seara Espírita, outubro de 2003).

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