Estudando o Espiritismo

Observe os links ao lado. Eles podem ter artigos com o mesmo tema que você está pesquisando.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

AUTISMO NA VISÃO ESPÍRITA



AUTISMO NA VISÃO ESPÍRITA - por Victor Passos

Viana do Castelo, Portugal



O Autismo é visto como um transtorno invasivo do desenvolvimento, Sindrome de Asperger. Fragilidade que se pode manifestar de forma grave por toda a vida. Ela existe em todo o mundo, em famílias de qualquer raiz racial, cultural ou social, enfim não escolhe a individualidade a encarnar a doença. Os sintomas podem ser verificados pela anamnese, observação comportamental, exames ou entrevistas com o doente e familiares.
As estatísticas dizem-nos, no âmbito do materialismo, que a doença se manifesta entre um e 3 anos de idade, porém na minha visão espírita considerando que toda uma consequência tem uma causa, ela já está presente mesmo antes da reencarnação e veremos porquê!
Os sintomas do autismo encerram:
. Perturbação na periodicidade da aparição de capacidades físicas, sociais e linguísticas; . Reacções anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo. . Fala ou linguagem ausentes ou atrasados. Devido a tal situação torna-se também restrita compreensão de ideias. Aplica palavras sem associação ou sem significado concernente com o significado. . Percepção anormal dos objetos, eventos e pessoas.
Enteando esta fase verificaremos desde já que o espírito fragilizado está encerrado em si mesmo, e preso no fundo entre os dois Mundos, no da erraticidade e no material.
A essência obscura do autista, aprisiona-os ao medo de enfrentar uma nova experiência, porque sabedores da sua condição, asfixiados por passagens menos dignas de amor e valorização moral, estes irmãos, ao reencarnar detêm um tempo maior da separação perispiritual de tal nível, o qual por vezes se acha já presente no momento de transição aquando da sua concepção, na busca do aborto à revelia da Lei, porém todos sabemos que nada podemos contra a mesma. Daí muitos dos partos destes espíritos serem complicados.
Claro que todos sabemos e não tem nada de novo que o crescimento educativo do espírito encarnado, se faz no período propicio da infância até aos 7 ou 8 anos de idade, mas isto em situações normais, porque no caso destas individualidades, a perturbação, se faz presente por mais tempo, como se estivesse em período de estância gestacional, tal como afirmei atrás estes espíritos sentem pressionados pelo receio de fraquejar, e estacionam, entre ambos espaços e daí a dificuldade de assimilar conhecimento e de se descobrir nos ambientes externos à sua vontade. Interessante é verificar que num estudo do feito por pesquisadores e comprova o que acabei de dizer;
“Pesquisadores realizaram o protótipo de um laboratório que simbolizava um útero e colocaram autistas, neste ambiente. Ali, eles tinham contacto com sons e sensações semelhantes àquelas transmitidas pela mãe para o bebê quando este se encontra dentro do útero, mergulhado no líquido amniótico. A experiência foi de completo êxito, pois as crianças autistas apresentaram reações, tornando-se um pouco mais receptivas.
Realizei experiências semelhantes com um grupo de pessoas sensitivas e outras habilitadas criando através de uma ação mental um útero materno. A resposta da criança autista foi positiva.” Drª Hellen
Num ápice os autistas são inteligentes, exigentes e seguros de si, para logo a seguir por vezes sem razão uma razão aparente, ou começam a saltitar como crianças, mesmo sendo adultos ou passam pelas pessoas sem as perceberem realmente. As vezes isolam-se e falam baixinho ou riem sem motivo, olhando não se sabe para quem ou onde. Algumas vezes se auto-flagelam, se auto agridem, tornando-se agressivos a tudo e todos, não importa quem.
Bastante imprevisíveis têm a capacidade de transportar quem lhe convive a outro, da esperança ao desespero. Quando concentrados e atentos, todo o aprendizado é possível e quando um conhecimento ou experiência foram aprendidos jamais será esquecido.
O Autista aparece por efeito em duas situações: espiritual quando está bem marcado no seu perispírito, que o leva a ter lesões neurológicas, aquilo que se chama o espelho refletor do cérebro, nesse caso o indivíduo não consegue comunicar-se por causa de deformações ou lesões nos corpos sideral e físico. A é consequência do espírito, estar estigmatizada com a consciência da culpa, temendo uma reencarnação compulsória na qual colherá os efeitos de faltas passadas. Por isso o espírito rejeita a reencarnação, provocando o autismo. Ocorre um severo processo de auto-obsessão por abandono consciente da vida, um auto-aprisionamento orgânico. Nesse caso, mesmo não havendo uma lesão directa do perispírito, a rejeição à reencarnação e a recusa à comunicação danificam o cérebro..
Mas vamos agora ao encontro da problemática provacional, e ela traz-nos ao o fulcro da vida, do vetor sensorial da existência e ponto vital da evolução educativa moral, espiritual e intelectual, a Familia, a escola ,o meio a sintonia envolvente que exige dos Pais e educadores uma entrega profunda de amor em toda a plenitude. A renuncia , a muito porque estes irmãos trazem em si um ensinamento para os progenitores, que faz com que a sua luta mereça de todos nós o maior respeito e oração em torno da sua coragem e luta diária para que consigam levar em frente tamanha obra como objetivo numa encarnação…
Segundo Bezerra de Menezes, no livro “Loucura e Obsessão” , muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, fugir do resgate de suas faltas passadas, das lembranças que os atormentam e das vitimas que angariaram nesse mesmo pretérito.
Esta temática visa recolher o máximo afim de irmos ao encontro quer do porquê da deficiência, da provação e expiação e da necessidade do conhecimento dos valores da vida reais.
A autora do livro “ Vida Além da Vida” deixa-nos em suas experiências três casos;
Nessas, pelo que se vê, o ser/essência nada sofreu, encarando com naturalidade e compreendendo todos processos, mesmo os mais dolorosos.
1º caso - Minha mãe não me desejava. Certa vez tentou abortar e fiquei irado por ocasião do parto, porque ela pretendia divorciar-se do meu pai. Estou agora conscientizado de que parte do meu carma consiste em aprender a amar minha mãe, de qualquer maneira. 2º caso - Ao me ligar ao feto, dava-me conta de que minha mãe estava assustada, de início, posteriormente aceitou o processo com naturalidade. 3º caso - Foi uma experiência forte, não desagradável mas surpreendente, o meu nascimento. Enviei mensagens à minha mãe para que ela encarasse tudo como sensação e não como dor. Percebia, de forma clara, as atitudes das outras pessoas. Eu estava muito feliz por assumir esta vida.
A partir da leitura desse livro e de algumas experiências realizadas em grupos holísticos e espíritas eu introduzi em algumas vivências o exercício de retorno ao útero. Muitas marcas em nosso corpo e alma tem origem no momento da concepção. Este período, o da gravidez e do parto são fundamentais para a saúde física e mental da criança. Aí se reforça na realidade tudo o que já afirmara mais acima, agora como se tratam os Autistas?
Não existe uma medicação para a cura do autismo, Existem medicações apenas para administração dos sintomas do autismo. Os autistas tem potencialidades a serem trabalhadas com um bom desempenho educacional em conjunto com uma boa equipe multidisciplinar e o apoio integrado com pais.
As preocupações em relação ao meio debatem-se com o preconceito a desistência dos pais, porque não haja duvidas tal como Jesus dizia, ”Só o amor nos salvará, em caridade” tal como as aves do céu buscam o seu alimento todos que estão envolvidos na simbiose de evolução devem procurar reforçar-se no “Orai e Vigiai”. Os pais destes irmãos necessitam de muito conhecimento espiritual, estudar, afim de com o reforço duma fé racionada e uma esperança acalentada no trabalho de caridade dando amor , é que conseguirão suplantar esta oportunidade de crescimento.





Victor Manuel Pereira de Passos nascido em 26 de dezembro de 1958, reside em Viana do Castelo, Portugal, onde é membro da Associação Espírita Paz e Amor. Autor de várias brochuras, tais como: "Reflexões", "Oásis de Luz", "Adolescentes e a droga", além do livro "Sementes da vida", editado em janeiro de 2007, para apoio de Instituição de Deficientes Criança Diferente. Aqui, o Blog do autor:http://criancadiferente.blogspot.com/

e-mail: caminheirodapaz@gmail.com

Autismo, Neurônios-espelho e Marcas Espirituais


Autismo, Neurônios-espelho e Marcas Espirituais


Trabalho apresentado no MEDINESP, Congresso Médico-Espírita Nacional e Internacional, realizado em junho de 2007, São Paulo, SP. (Carlos Eduardo Sobreira Maciel – carlos.amemg@hotmail.com )
0 – Introdução:
Estamos há 150 anos buscando uma integração cérebro-mente –espírito e ao analisarmos a história das descobertas e avanços científicos percebemos que ela é permeada por acidentes e coincidências inacreditáveis, o que nos revela que não estamos sós nesta jornada.
No que se refere ao autismo, temos bons exemplos disto: dois homens em lugares distintos, numa mesma época, sem se comunicarem, dão o mesmo nome à doença e 50 anos depois as células doentes do autismo são descobertas acidentalmente…
I – História:
Na década de 40, dois médicos, o psiquiatra americano Leo Kanner e o pediatra austríaco Hans Asperger, descobriram o distúrbio de desenvolvimento que afeta milhares de crianças em todo o mundo. Foi uma descoberta isolada – nenhum dos dois sabia o que o outro pesquisava, e ambos deram o mesmo nome à síndrome: Autismo. Foi considerada uma “coincidência inacreditável”, mas fica claro que houve uma intervenção do plano espiritual ao nos convidar para dar mais atenção àquelas crianças e ampara-las no seu sofrimento.
A palavra autismo vem do grego autos, que significa “de si mesmo”. O nome é perfeito. O traço mais flagrante da doença é o isolamento do mundo exterior, com a conseqüente perda de interação social. Em vez de dedicar-se à exploração do mundo exterior, como acontece normalmente, a criança autista permanece dentro das fronteiras de seu próprio universo pessoal.
II – Conceito, quadro clínico e epidemiologia:
Segundo a OMS, o autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento, definido pela presença de desenvolvimento anormal que se manifesta antes da idade de 3 anos e pelo funcionamento anormal em três áreas: interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo.
O comprometimento da interação social é observado na falta de empatia, na falta de resposta às emoções de outras pessoas e no retraimento social.
Já o comprometimento da comunicação é percebido na falta de uso social da linguagem, na falta de linguagem não-verbal, na pobreza de expressão verbal e no comprometimento em jogos de imitação.
O autista também apresenta um comportamento restrito e repetitivo, o que pode ser observado através de estereotipias motoras e preocupações estereotipadas com datas, horários e itinerários.
Podem também existir sintomas inespecíficos como fobias, auto-agressão, ataques de birra e distúrbios alimentares.
Há deficiência mental em cerca de ¾ dos casos, embora todos os níveis de Q.I. possam ocorrer em associação com o autismo. Às vezes há capacidade prodigiosa para funções como memorização, cálculo e música.
Segundo recentes publicações da Revista Brasileira de Psiquiatria, publicação da ABP, alguns autores sugerem que o diagnóstico já pode ser estabelecido por volta dos 18 meses de idade. Outras informações epidemiológicas mostram que há de 1a 5 casos em cada 10.000 crianças e que a doença ocorre em meninos 2 a 3 vezes mais do que em meninas.
III – Causas:
A maioria dos casos de autismo tem causa desconhecida. Alguns casos são presumivelmente decorrentes de alguma condição médica das quais infecções intra-uterinas (como a rubéola congênita), doenças genéticas (como a síndrome do x frágil) e ingestão de álcool durante a gravidez (provocando a síndrome fetal alcoólica) estão entre as mais comuns.
IV – Neurônios-espelho:
Descobertas científicas recentes apontam para um defeito nos neurônios-espelho como causa do autismo. Estes neurônios são um subconjunto de células que refletem no cérebro do observador os atos realizados por outro indivíduo (se eu pego um objeto, alguns neurônios são ativados em meu cérebro; se eu observo o indivíduo pegando o objeto, os mesmos neurônios são ativados em meu cérebro como se eu estivesse pegando o objeto).
Os neurônios-espelho foram descobertos, acidentalmente, no início da década de 90 por pesquisadores italianos da Universidade de Parma, que estudavam um determinado tipo de neurônio motor de macacos. Este neurônio disparava quando o macaquinho pegava uma fruta e para surpresa de todos, disparou também quando ele observou um dos pesquisadores pegar a fruta, como se ele mesmo estivesse pegando-a para comer.
Uma série de experimentos realizados posteriormente demonstrou a existência destes neurônios no cérebro humano. Portanto podemos dizer que através dos neurônios-espelho, nós podemos compreender “visceralmente” um ato observado. Nós sentimos a experiência vivida por outro em nossas mentes. Mas não é só esta a função destes neurônios.
Diversos estudos realizados nas Universidades da Califórnia e College de Londres e no centro de Pesquisa Jülich, na Alemanha, demonstraram as funções de reconhecimento de intenções dos atos, de emoções vividas por outra pessoa (então se uma pessoa te diz: “eu sei o que você está sentindo”, talvez ela não saiba o quanto esta frase é verdadeira) e o importante papel de aprendizado por imitação de novas habilidades, como a linguagem por exemplo.
A partir do final da década de 90, pesquisadores da Universidade da Califórnia se empenharam em determinar uma possível conexão entre neurônios-espelho e autismo, já que ficou demonstrada a associação entre essas células e empatia, percepção dos atos e intenções alheios e aprendizado da linguagem, funções deficientes nos autistas.
V – O sistema espelho “quebrado”:
E realmente, estudos realizados na Universidade de Saint Andrews, na Escócia, Universidade de tecnologia de Helsinque, na Finlândia, além dos estudos na Universidade da Califórnia, provaram que a atividade dos neurônios-espelho dos autistas é reduzida em diversas áreas cerebrais:
- No córtex cingulado anterior e insular, o que pode explicar a ausência de empatia;
- No córtex pré-motor, o que pode explicar a sua dificuldade de perceber atos alheios;
- E no giro angular, explicando problemas na linguagem.
VI – Marcas espirituais – patogênese remota:
Apesar dos avanços científicos, o autismo permanece um mistério, um desafio, um enigma que só se revelará mais claramente ao nosso entendimento a partir da introdução da realidade espiritual.
Já se sabe que disfunções neurológicas (como as disfunções dos neurônios-espelho) produzem repercussões de natureza autística, mas continuaremos com a pergunta maior: que causas produzem as disfunções neurológicas? Se a responsabilidade for atribuída aos genes, a pergunta se desloca e se reformula assim: que causas produzem desarranjos nos complexos encaixes genéticos?
Segundo a literatura médico-espírita e orientações mediúnicas recebidas no GEEP da Associação, o autismo como outros graves distúrbios mentais (psicoses por ex.) resulta de graves desvios de comportamento no passado, de choques frontais com as leis que regem o universo. Então, o que antecede à predisposição genética e às disfunções neurológicas são as graves faltas pretéritas.
Entre o passado de faltas e as presentes alterações genéticas, neurológicas e mentais do autismo encontramos uma ponte que liga estes dois momentos distintos. Esta ponte é o próprio processo de reencarnação. Aqui se encontra a formação do autismo. Há duas possibilidades ou vias de ligação:
1a O reencarnante com profundas lesões perispirituais produzindo alterações neurológicas e a conseqüente formação do autismo.
2a O reencarnante rejeita a reencarnação levando à formação do autismo.
Na 1a possibilidade, a consciência do reencarnante marcada pela culpa, acarretou severos danos no perispírito e conseqüentes lesões no SNC. Há uma incapacidade de organizar um corpo sadio na atual encarnação. Neste caso a entidade espiritual fica aprisionada no corpo deficiente, sem conseguir estabelecer comunicação. Esta possibilidade ou via de formação do autismo é defendida por alguns estudiosos que acreditam que certos autistas, constituem angustiantes tentativas de se entender com o mundo externo. Há casos de autistas que alcançaram certa melhora e relataram que muitas vezes entendiam o que as pessoas lhe diziam, mas não sabiam como responder verbalmente. Recorriam, por isto, aos gritos e ao agitar das mãos, único mecanismo de comunicação que dispunham.
Na outra possibilidade, via ou ponte de ligação entre passado de faltas e autismo, temos o indivíduo com a consciência marcada pela culpa, temendo colher os frutos em uma nova existência compulsória, rejeitando a reencarnação, provocando autismo. No livro “Loucura e obsessão”, de Manoel Philomeno de Miranda, temos a confirmação da hipótese de rejeição à reencarnação. Nos capítulos 7 e 18, o Dr. Bezerra de Menezes explica que o indivíduo com a consciência culpada é reconduzido à reencarnação e acaba buscando o encarceramento orgânico para fugir sem resgatar as graves faltas do passado. Trata-se de um vigoroso processo de auto-obsessão, por abandono consciente da vida. Conclui dizendo que muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, fugir às suas vítimas e apagar as lembranças que o atormentam.
VII - Marcas espirituais – os sintomas:
Considerando a possibilidade de rejeição à reencarnação podemos fazer uma nova leitura dos sintomas autísticos. Começando pelo isolamento, sinal de que o autista não admite invasões em seu mundo; como porém, a participação mínima do lado de cá da vida é inevitável, sua manifestação se reduz a alguns movimentos repetitivos como agitar as mãos, girar indefinidamente um prato ou a roda de um brinquedo, qualquer coisa enfim, que mantenha a mente ocupada com rotinas irrelevantes que o livrem do convívio entre as pessoas.
Uma explicação possível para o sintoma autista de girar sobre si mesmo, seria a produção de tonteira através da rotação, provocando um passageiro desdobramento entre perispírito e corpo físico, livrando a criança, momentaneamente, da prisão celular.
As crianças autistas muitas vezes manifestam rejeição a alguma parte do corpo, através de auto-agressão. Isso pode ser um sinal de rejeição à própria personalidade.
Quanto à relação ambígua consigo mesma, manifestada pela troca dos pronomes pessoais (referindo-se a si mesma como “tu” e ao outro como “eu”), podemos pensar na possibilidade de obsessão espiritual, já que com os desacertos do passado, muitos são os desafetos.
Uma análise mais profunda da disfunção da linguagem, pode ser feita a partir da hipótese proposta por Hermínio Miranda em seus livros “A alquimia da mente” e “Autismo, uma leitura espiritual”. Segundo o autor, normalmente ao reencarnar, o espírito se instala à direita do cérebro e por 2 ou 3 anos passa para o hemisfério esquerdo a programação da personalidade daquela encarnação. Neste período é formado o mecanismo da linguagem. No caso do autismo o espírito permanece –autísticamente- no lado direito, área não-verbal do cérebro, sem participar deste processo. É natural que este ser que vem compulsoriamente, sem interesses em envolver-se com as pessoas e o mundo, torne o seu sistema de comunicação com o ambiente, o mais rudimentar e precário possível. Encontramos informações que reforçam esta hipótese:
-1a sabe-se que o corpo caloso, estrutura que liga os dois hemisférios cerebrais, não desempenha durante os primeiros 2 ou 3 anos de vida, a função de separar faculdades dos dois hemisférios.
-2a a partir do segundo ou terceiro ano de vida é que o hemisfério esquerdo assume a linguagem.
-3a o autismo eclode até o terceiro ano de vida quando se percebe uma interrupção do desenvolvimento da linguagem.
Parece então que até os 2-3 anos as crianças vão se comunicando através dos 2 hemisférios, e a partir de então só se comunica quem tiver implantado no h.esquerdo esta função, o que não acontece com o autista.
VIII – Tratamentos:
O autismo é um quadro de extrema complexidade que exige abordagens multidisciplinares, visando a questão educacional e da socialização, assim como o tratamento médico.
O tratamento médico é realizado com medicamentos para reduzir sintomas como agitação e agressividade.
É importante dizer que pesquisas têm sido dirigidas no sentido de se encontrar medicamentos que estimulem a liberação de neurotransmissores específicos ou reproduzam os seus efeitos. Neurotransmissores que sejam responsáveis pelo funcionamento químico dos neurônios-espelho.
Do ponto de vista do espírito, por mais paradoxal que possa parecer, o remédio para o autismo é o próprio autismo como forma de drenagem perispiritual.
IX – Prognóstico:
Alguns pacientes autistas conseguem alcançar um certo nível de autonomia. A literatura mostra que alguns fatores estão ligados a um melhor prognóstico:
1- Significativa destreza verbal adquirida antes de instalada a doença.
2- Diagnóstico precoce e concentração de esforços tão cedo quanto possível. Tratamento e terapia devem ser iniciados quando a anormalidade é observada na criança pela 1a vez.
X – Conclusão:
Na certeza de que a diferença mais importante entre nós e nossos pacientes está em um pouco mais de boa vontade de nossa parte, e isto foi dito mais de uma vez pelo nossos mentores, cito mais uma vez o sr Hermínio Miranda para concluir este trabalho.
É necessário construir uma ponte para ligar o mundo externo ao mundo íntimo do paciente. É importante que não nos comportemos de forma autística, nos fechando nos nossos mundos de clichês, cheios de padrões, desinteressados em andar metade do caminho, na direção do paciente.
Uma possibilidade é tentar interpretar os seus sinais não-verbais. É bem verdade que não há muitas palavras no dicionário deles, mas a linguagem universal do amor também é não-verbal. Para se expressar através dela, há os gestos, a vibração sutil da emoção, da solidariedade, da paciência, da aceitação da pessoa como ela é, não como queremos que ela seja.
Se estivéssemos no lugar deles, como gostaríamos de ser tratados? É presumível que eles estejam fazendo tudo que lhes seja possível, dentro de suas limitações. Com um pouco de boa vontade de nossa parte, talvez concordem em tocar a mão que lhe estejamos oferecendo a fim de saltarem o abismo que nos separa!
XI – Referências bibliográficas:
1- Revista Scientific American
2- Revista Brasileira de Psiquiatria
3- CID 10
4- Autismo, uma leitura espiritual – Herminio Miranda
5- Alquimia da Mente – Herminio Miranda
6- Orientações mediúnicas, Grupo de Estudos de Espiritismo e Psiquiatria da AMEMG

ANTE A FORÇA DO BEM


ANTE A FORÇA DO BEMPDFImprimirE-mail


... Deus é caridade; e quem está em caridade
está em Deus e Deus nele - João I, 4:16
Muitos acreditam simplesmente na força e agem sob o domínio da imposição.
A força, no entanto, comanda apenas coisas e corpos, e tudo o que ela faça, em matéria de condução ou vivência, depende de mais força para continuar.
Em qualquer departamento da vida é necessário amar para entender e construir.
"Deus é caridade", afirma o Evangelho. Consequentemente, Deus está no bem verdadeiro que é, mais propriamente, o bem de todos.
Auxiliando, compreendemos.
Dando, possuímos.
Quanto mais baixo nas esferas da Natureza mais intensamente se mostra o bem da força, e quanto mais alto, nos planos do espírito, mais pura se revela a força do bem.

Mensagem Extraída do Livro Benção de Paz
de Francisco C. Xavier pelo
Espírito Emmanuel 

A FORÇA DO BEM


A FORÇA DO BEM

"TODA IDÉIA NOVA FORÇOSAMENTE ENCONTRA OPOSIÇÃO E NENHUMA
HÁ QUE SE IMPLANTE SEM LUTAS. ORA, NESSES CASOS, A RESISTÊNCIA É
SEMPRE PROPORCIONAL À IMPORTÂNCIA DOS RESULTADOS PREVISTOS,
PORQUE, QUANTO MAIOR ELA É, TANTO MAIS NUMEROSOS SÃO OS INTE-
RESSES QUE FERE." E.S.E. CAPÍTULO 23, ÍTEM 12
A rotina dos nossos serviços no Hospital Esperança foi interrompida naquele dia por um chamado para atendimento na crosta terrestre.
Tratava-se de Juarez, médium em regime de educação das forças mentais, o qual rogou amparo frente a imprevista ocorrência em sua vida profissional. Sua oração, conquanto carregada de desespero, foi registrada em nossos "Núcleos Irradiadores" e o pedido, como de costume, chegou ao pavilhão dirigido por Dona Maria Modesto Cravo, que nos conclamou ao trabalho.
Chegamos juntas ao ambiente comercial de Juarez, Dona Modesta e nós.
Ele estava ansioso e compenetrado no episódio, o qual assumiu proporções avassaladoras em sua mente. Providenciamos alguns fluidos calmantes para que ele mantivesse o equilíbrio; era um homem de gênio explosivo e pouco cordato, especialmente nos negócios.
Seu estabelecimento seria visitado por um fiscal de impostos. Notamos que a mente do nosso amigo estava em franco "delírio". Pensamentos de oposição espiritual tomavam conta de seu cérebro. Dizia para consigo: "querem me derrotar porque estou no trabalho do bem!", "tenho certeza que foi uma cilada espiritual em razão das últimas palestras que fiz sobre temas evangélicos!". Sua fixação em idéias de pressões espirituais de adversários vagueava pelo terreno do místico e imponderável. Não pensou em alguma atitude juridicamente defensiva e nem na própria incúria, com a qual tornou-se possível a ocorrência. Não constatávamos a presença de nenhum ardil de obsessores contra ele naquele caso.
A dívida era vultosa. Infelizmente, apesar dos apelos de amigos e parentes, Juarez preferiu a omissão.
A hora previamente determinada, chegou um homem maduro e carrancudo, com ares de severidade. A visita foi rápida e cordial. Apenas mais uma advertência, nada de execução judicial, por enquanto. O médium agora aliviado mentalizava em seus pensamentos: "como os amigos espirituais são bons e amparam quem está na tarefa! "
De nossa parte, o único amparo dispensado em verdade foi a ele próprio, a fim de que não excedesse na conduta ...
Terminada nossa visita, Dona Modesta sintetizou em pequena frase uma ampla experiência que merece estudo e aprofundamento nas relações entre homens e espíritos:
- Veja só, Ermance ! Os homens costumam ver os espíritos onde eles não estão, e onde eles estão não costumam ser vistos pelos homens! ...
Situações como a de nosso amigo comerciante têm sido constantemente assinaladas no dia-a-dia do homem carnal, seja portador de faculdades psíquicas mais evidentes ou não.
O ser humano é essencialmente místico, mas, principalmente entre os cultores da fé espírita, essa tendência tem sido acentuadamente empregada na construção da "realidade" individual. atingindo algumas vezes as raias da insensatez. O exagero nesse tema tem ensejado devaneios com conseqüências morais nocivas para a vida de muitos homens na Terra. Menor esforço e irresponsabilidade em razão de fantasias provenientes do pensamento mágico têm criado campo para a fuga e a ilusão.
Explorações psíquicas têm ocorrido em torno do tema.
Visitamos certa feita um médium de cura, em cidade localizada no polígono magnético do planalto central, e constatamos um nível acentuado e sutil de desequilíbrio que ilustra nossa tese. Nosso amigo já não vivia mais o plano físico, uma "quase esquizofrenia" cingia-lhe o pensamento. Não ouvia mais os amigos de convivência, guardava-se sob uma análise exclusivamente da influência dos espíritos em todos os fatos que o cercavam. Nos êxitos rendia homenagens aos benfeitores como forma inteligente de "engrandecer sua suposta humildade", no entanto, encharcava-se na vaidade pessoal de ter sido ele o intermediário do sucesso. Nos fracassos imputava irrevogável responsabilidade às trevas e sua sanha perseguidora, abdicando de incursionar no campo da auto-análise e verificar sua parcela pessoal nos trâmites infelicitadores.
Inclusive uma questão merece urgente avaliação.Convencionou-se entre alguns adeptos espíritas mensurar o valor espiritual de uma tarefa pela "oposição trevosa" (conforme denominação usual no plano físico) que lhe é imposta. Alguns companheiros, inspirados nessa tese, interpretam todos os obstáculos em torno de seus passos no serviço doutrinário como "ciladas" e "manobras" contra seus ideais, como se tal critério constituísse um sistema de aferição exato e universal. Apoiados nas palavras do codificador, que diz: "Assim, pois, a medida da importância ( dos resultados de uma idéia nova se encontra na emoção que o seu aparecimento causa, na violência da oposição que provoca, bem como no grau e na persistência da ira de seus adversários. (E.S.E., cap. XXIII, ítem 12) Com esse excesso interpretativo, caminham para a escassez de discernimento, perdendo de vista o exame que deveriam proceder em suas próprias atitudes ou decisões na tarefa que, constantemente, são as únicas e verdadeiras "brechas" com as quais os opositores do ideal laboraram.
Inquestionavelmente, e a literatura espírita é farta de informes a esse respeito, não estamos fazendo um convite ao deboche sobre o modus operandi dos inimigos desencarnados da causa do amor. Ingenuidade nessa questão será mais uma porta aberta para o acesso dos maus espíritos, parafraseando o lúcido Allan Kardec. (O Livro dos médiuns, cap. XX, ítem 226)
As trevas só tem a importância que nós lhes emprestamos - palavras sábias de Dona Maria Modesto Cravo em oportuna paráfrase feita por ela à codificação, nas palavras da Equipe Verdade: "A fraqueza, o descuido ou o orgulho do homem são exclusivamente o que empresta força aos maus Espíritos, cujo poder todo advêm do fato de lhes não opordes resistência, " (O Livro dos Espíritos, q. 498)
Será que semelhantes reações ao nosso esforço não poderiam também advir de descuidos e inexperiência? O sutil desejo de realce pessoal ou a pretensão dos pontos de vista, tão difícil de ser percebida, não poderiam ser a causa exclusiva de tanto burburinho e problemas nas frentes de atuação que erguemos?
O enfoque excessivamente carregado de idéias místicas subtrai-nos a possibilidade de tornar a relação entre as sociedades física e espiritual uma escola de despertamento e crescimento para os valores da alma. Utilizando a expressão do guia dos médiuns e evocadores, O Livro dos Médiuns, o laboratório do mundo invisível cerca a natureza terrena com objetivos de ascensão para quantos se encontrem em ambas as faixas de vida.
Quantas críticas e discordâncias, desavenças e tropeços existem nas equipes espíritas com as quais as "trevas", sem muito esforço, exploram assiduamente?
Mais que natural a luz acesa ser perseguida pelas "sombras". Faz parte da Lei de Amor essa "atração opositora". Por ela, quem está na luz se fortalece iluminando-se ainda mais, e quem jaz nas penumbras encontra o "perdão de Deus" na claridade da vitória do bem nos lampejos da conduta alheia.
As convicções pessoais intransigentes e a imprudência são as armas mais poderosas daqueles que se posicionam contra o nosso esforço auto-educativo, porque formam o campo mental propício para a sintonia e a perturbação que decorrem do personalismo e da invigilância.
Nenhuma força é maior que o bem em todos os tempos. Firmemos nossa crença nesse "brasão mental" e roguemos o acréscimo da misericórdia, uma vez que sabemos da nossa fragilidade. Com essa fórmula ninguém sucumbirá sob o peso das vigorosas forças contrárias, que existem para dilatar-nos o poder de cooperação individual na obra do Todo Poderoso Criador do Universo.
Espírito Ermance Dufaux

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

CORPO ESPIRITUAL - Evolução em Dois Mundos




CORPO ESPIRITUAL

.......
Recomende esta páginaFaça DOWNLOAD do livro Nosso LarImprima este texto
.......

RETRATO DO CORPO MENTAL — Para definirmos de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental (3) que lhe preside a formação.
Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com sua estrutura eletromagnética, algo modificado no que tange aos fenômenos genésicos e nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições da mente que o maneja.
Todas as alterações que apresenta, depois do estágio berço-túmulo, verificam-se na base da conduta espiritual da criatura que se despede do arcabouço terrestre para continuar a jornada evolutiva nos domínios da experiência.
Claro está, portanto, que é ele santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação incessante, (3) O corpo mental, assinalado experimentalmente por diversos estudiosos, é o envoltório sutil da mente, e que, por agora, não podemos definir com mais amplitude de conceituação, além daquela em que tem sido apresentado pelos pesquisadores encarnados, e isto por falta de terminologia adequada no dicionário terrestre. — (Nota do Autor espiritual). além do sepulcro, formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta.
CENTROS VITAIS — Estudado no plano em que nos encontramos, na posição de criaturas desencarnadas, o corpo espiritual ou psicossoma é, assim, o veículo físico, relativamente definido pela ciência humana, com os centros vitais que essa mesma ciência, por enquanto, não pode perquirir e reconhecer.
Nele possuímos todo o equipamento de recursos automáticos que governam os bilhões de entidades microscópicas a serviço da Inteligência, nos círculos de ação em que nos demoramos, recursos esses adquiridos vagarosamente pelo ser, em milênios e milênios de esforço e recapitulação, nos múltiplos setores da evolução anímica.
É assim que, regendo a atividade funcional dos órgãos relacionados pela fisiologia terrena, nele identificamos o centro coronário, instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada, nas cintas de aprendizado que lhe corresponde no abrigo planetário. O centro coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito, assim como as peças secundinas de uma usina respondem ao comando da peça-motor de que se serve o tirocínio do homem para concatená-las e dirigi-las.
Desses centros secundários, entrelaçados no psicossoma e, conseqüentemente, no corpo físico, por redes plexiformes, destacamos o centro cerebral contíguo ao coronário, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras; o centro laríngeo, controlando notadamente a respiração e a fonação; o centro cardíaco, dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base; o centro esplênico, determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sangüíneo; o centro gástrico, responsabilizando-se pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização, e o centro genésico, guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas.
CENTRO CORONÁRIO — Temos particularmente no centro coronário o ponto de interação entre as forças determinantes do espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas.
Dele parte, desse modo, a corrente de energia vitalizante formada de estímulos espirituais com ação difusível sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma os reflexos vivos de nossos sentimentos, idéias e ações, tanto quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis de nossa influência e conduta.
A mente elabora as criações que lhe fluem da vontade, apropriando-se dos elementos que a circundam, e o centro coronário incumbe-se automaticamente de fixar a natureza da responsabilidade que lhes diga respeito, marcando no próprio ser as conseqüências felizes ou infelizes de sua movimentação consciencial no campo do destino.
ESTRUTURA MENTAL DAS CÉLULAS — É importante considerar, todavia, que nós, os desencarnados, na esfera que nos é própria, estudamos, presentemente, a estrutura mental das células, de modo a iniciarmo-nos em aprendizado superior, com mais amplitude de conhecimento, acerca dos fluídos que nos integram o clima de manifestação, todos eles de origem mental e todos entretecidos na essência da matéria primária, ou Hausto Corpuscular de Deus, de que se compõe a base do Universo Infinito.
CENTROS VITAIS E CÉLULAS — São os centros vitais fulcros energéticos que, sob a direção automática da alma, imprimem às células a especialização extrema, pela qual o homem possui no corpo denso, e detemos todos no corpo espiritual em recursos equivalentes, as células que produzem fosfato e carbonato de cálcio para a construção dos ossos, as que se distendem para a recobertura do intestino, as que desempenham complexas funções químicas no fígado, as que se transformam em filtros do sangue na intimidade dos rins e outras tantas que se ocupam do fabrico de substâncias indispensáveis à conservação e defesa da vida nas glândulas, nos tecidos e nos órgãos que nos constituem o cosmo vivo de manifestação.
Essas células que obedecem às ordens do espírito, diferenciando-se e adaptando-se às condições por ele criadas, procedem do elemento primitivo, comum, de que todos provimos em laboriosa marcha no decurso dos milênios, desde o seio tépido do oceano, quando as formações protoplásmicas nos lastrearam as manifestações primeiras.
Tanto quanto a célula individual, a personalizar-se na ameba, ser unicelular que reclama ambiente próprio e nutrição adequada para crescer e reproduzir-se, garantindo a sobrevivência da espécie no oceano em que respira, os bilhões de células que nos servem ao veículo de expressão, agora domesticadas, na sua quase totalidade em funções exclusivas, necessitam de substâncias especiais, água, oxigênio e canais de exoneração excretória para se multiplicarem no trabalho específico que nosso espírito lhes traça, encontrando, porém, esse clima, que lhes é indispensável, na estrutura aquosa de nossa constituição fisiopsicossomática, a expressar-se nos líquidos extracelulares, formados pelo líquido intersticial e pelo plasma sangüíneo.
EXTERIORIZAÇÃO DOS CENTROS VITAIS — Observando o corpo espiritual ou psicossoma, desse modo em nossa rápida síntese, como veículo eletromagnético, qual o próprio corpo físico vulgar, reconheceremos facilmente que, como acontece na exteriorização da sensibilidade dos encarnados, operada pelos magnetizadores comuns, os centros vitais a que nos referimos são também exteriorizáveis, quando a criatura se encontre no campo da encarnação, fenômeno esse a que atendem habitualmente os médicos e enfermeiros desencarnados, durante o sono vulgar, no auxílio a doentes físicos de todas as latitudes da Terra, plasmando renovações e transformações no comportamento celular, mediante intervenções no corpo espiritual, segundo a lei do merecimento, recursos esses que se popularizarão na medicina terrestre do grande futuro.
CORPO ESPIRITUAL DEPOIS DA MORTE — Em suma, o psicossoma é ainda corpo de duração variável, segundo o equilíbrio emotivo e o avanço cultural daqueles que o governam, além do carro fisiológico, apresentando algumas transformações fundamentais, depois da morte carnal, principalmente no centro gástrico, pela diferenciação dos alimentos de que se provê, e no centro genésico, quando há sublimação do amor, na comunhão das almas que se reúnem no matrimônio divino das próprias forças, gerando novas fórmulas de aperfeiçoamento e progresso para o reino do espírito.
Esse corpo que evolve e se aprimora nas experiências de ação e reação, no plano terrestre e nas regiões espirituais que lhe são fronteiriças, é suscetível de sofrer alterações múltiplas, com alicerces na adinamia proveniente da nossa queda mental no remorso, ou na hiperdinamia imposta pelos delírios da imaginação, a se responsabilizarem por disfunções inúmeras da alma, nascidas do estado de hipo e hipertensão no movimento circulatório das forças que lhe mantém o organismo sutil, e pode também desgastar-se, na esfera imediata à esfera física, para nela se refazer, através do renascimento, segundo o molde mental preexistente, ou ainda restringir-se a fim de se reconstituir de novo, no vaso uterino, para a recapitulação dos ensinamentos e experiências de que se mostre necessitado, de acordo com as falhas da consciência perante a Lei.
Outros aspectos do psicossoma examinaremos quando as circunstâncias nos induzam a apreciar-lhe o comportamento nas regiões espirituais vizinhas da Terra, dentro das sociedades afins, em que as almas se reúnem conforme os ideais e as tarefas nobres que abraçam, ou segundo as culpas dilacerantes ou tendências inferiores em que se sintonizam, geralmente preparando novos eventos, alusivos às necessidades e problemas que lhes são peculiares nos domínios da reencarnação imprescindível.

Pedro Leopoldo, 19/1/58

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

AS PROVAS DA REENCARNAÇÃO - esde


PROGRAMA IV
ROTEIRO 25

PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS
AS PROVAS DA REENCARNAÇÃO

OBJETIVOS ESPECÍFICOS.
Citar provas de reencarnação
Analisar as conseqüências dessas provas para a humanidade

IDÉIAS PRINCIPAIS.
."(...) A origem das faculdades extraordinárias dos indivíduos que, sem estudo prévio, parecem ter a intuição de certos conhecimentos, das línguas, do calculo, etc. (...)" é, na realidade, uma "(...) lembrança do passado; progresso anterior da alma, mas de que ela não tem consciência.(...) ( 01)
."(...) Muitos depoimentos importantes tem vindo a publico nos últimos anos, acerca da reencarnação. Nem sempre aqueles que servem de instrumento a essas revelações estão perfeitamente preparados para a sua tarefa. (...)" (08)
. A regressão da memória, quer espontaneamente, quer por força de sugestão hipnótica, os ditados mediúnicos, as crianças-prodígio são exemplos que comprovam a reencarnação.
."(...) Em resumo, a teoria das vidas sucessivas satisfaz todas as aspirações de nossas almas, que exigem uma explicação lógica do problema do destino. Ela concilia-se, perfeitamente, com a idéia duma providência, ao mesmo tempo justa e boa, que não pune nossas faltas (...), mas que nos deixa, a cada Instante, o poder de reparar nossos erros.(...) "(03)

FONTES DE CONSULTA.

BÁSICAS

01 - KARDEC, Allan. Da Pluralidade das Existências. In: —. 0 Livro dos Espíritos. Trad. de Guillon Ribeiro. 57 ed. Rio de Janeiro, FEB, 1983. Parte 2a, questão 219, p. 141.

COMPLEMENTARES

02 - DELANNE, Gabriel. Os Casos de Reencarnação Anunciados Antecipada mente. In: - . A Reencarnação. Trad. de Carlos Imbassahy. 5. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1979. p. 266.
03 - Conclusão. In: - . A Reencarnação. Trad. de Carlos Imbassahy. 5. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1979. p. 310.
04 - A Hereditariedade e as Crianças - Prodígio. In: —. A Reencarnação. Trad. de Carlos Imbassahy. 5. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1979. p. 178.
05 - Outros Fatos que Implicam a Lembrança de Vidas Anteriores . In: —. A Reencarnação. Trad. de Carlos Imbassahy. 5. ed. Rio de Janeiro, FEB, l979. p. 234-235.
06 - Op. cit., p. 236.
07 - MIRANDA, Hermínio C.. Psiquiatria e Reencarnação e Imortalidade. 1, ed. Rio de Janeiro, FEB 1976, p. 125-126.
08 - Reencarnação. Instrumento para o Progresso Espiritual In: . Reencarnação e Imortalidade 1. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1976. p. 239.
09 - Op. cit., p. 242.

AS PROVAS DA REENCARNAÇÃO

As provas de reencarnação baseiam-se, essencialmente, no seguinte:
Na regressão da memória - que pode efetuar-se por força de sugestão hipnótica ou recordação espontânea de existências anteriores, sem que se identifique, aparentemente, uma causa para justifica-la. Neste ultimo caso, a recordação tanto pode dar-se no sono comum, como no estado de vigília.
Nos ditados mediúnicos onde o médium é capaz de transmitir revelações sobre existências anteriores, próprias ou de outras pessoas.
Nas idéias inatas de crianças prodígio - que abalam as bases cientificas da hereditariedade.
Secundariamente, não tanto como prova, mas como crença, a reencarnação é um ensinamento de diversas escolas religiosas - notadamente as orientais - e filosóficas.
Tentaremos, no entanto, nos deter nos fatos e, para isso, citaremos , a seguir, provas encontradas nos anais das experiências humanas:
"(...) Juliano, o Apóstata, lembrava-se de ter sido Alexandre da Macedonia.
(...) O grande poeta Lamartine declara, em sua "Viagem ao oriente" , ter tido reminiscências muito claras. Eis o seu testemunho:
"Não tinha na judéia nem Bíblia, nem livros de viagens, nem ninguém que pudesse dar o nome dos lugares, a denominação antiga dos vales e das montanhas; reconheci, entretanto, desde logo, o vale de Terebinto e o campo de batalha de Saul. (...) Em Sephora, designei com o dedo e dei o nome de uma colina, no alto da qual havia um castelo arruinado, como o lugar provável do nascimento da Virgem.
(...) Exceto o vale do Líbano, nunca encontrei nada na Jedéia, um lugar ou qualquer coisa que não fosse para mim uma recordação. (...) (05)
O escritor francês Mery recõrdava-se de "(...) ter feito a guerra das Gálias e haver combatido na Germania com Germanicus. (...) Chamava-se, então, Minius. (...)" (06)
O americano Edgar Cayce, apesar de ser um devoto e ortodoxo protestante, "(...) tinha (...) a faculdade de entrar em transe espontâneo, no qual revelava conhecimentos muito acima do seu nível habitual em estado de vigília. (...)" (08) Durante o transe ele não somente diagnosticava males físicos e espirituais, como revelava fatos de existências anteriores das pessoas que o procuravam, e de si mesmo.
"(...) Na vida imediatamente anterior, era ele um certo John Baimbridege, nascido nas Ilhas Britânicas, em 1742. (...)
Terminou sua existência quando tentava escapar pelo rio Ohio, numa balsa cheia de gente, perseguida de ambas as margens pelos ..índios implacáveis.
(...) Mais de um século depois, em setembro de 192S, Cayce foi a uma barbearia, levar seu filho Hugh Lynn para cortar o cabelo. Lã chegando, encontrou um garoto de cinco anos, filho do barbeiro (...)" que segurava uma caixinha de biscoitos. "(...) Quando Cayce entrou, o garoto, (...) olhou-o fixamente e caminhou para ele, oferecendo-lhe a caixa de biscoitos.
– Olha aqui - disse impulsivamente -, fique com o resto. Você ainda deve estar morrendo de fome. (...)
A seguir, o garoto recordou ter conhecido Cayce na balsa, quando fugiam dos índios, acrescentando: "(...) E você estava com fome terrível, não estava? ( . . . )
Ao que Cayce respondeu: "(...) - Você tem razão. Como eu estava faminto naquela balsa!... (...)" (09)
Polo sono provocado através da hipnose, inclusive usado atual mente por psiquiatras e psicólogos para fins terapêuticos, têm-se obtido grandes e numerosas provas da reencarnação.
O psiquiatra inglês, Dr. Denys Kelsey, relata no livro "Muitas Existências`", de co-autoria com sua esposa, o caso de um seu cliente, pessoa "(...) de meia-idade, um profissional liberal de elevado grau de cultura afligido por persistente e invencível homossexualismo. Dentro da sua tese de que o medico deve primeiro pesquisar a existência atual, o Dr. Kelsey empregou inicialmente os métodos clássicos de psicanálise, com hipnose e sem ela, tudo sem resultado pratico. t.~) Finalmente, numa sessão de hipnose, já na oportunidade da decima quarta consulta, o paciente começou a descrever episódios de uma existência vivida entre hititas, quando, na qualidade de esposa de um dos chefes da época, acostumada ao luxo, exercera grande poder sobre o esposo. Quando a beleza física se foi e o marido deixou de interessar-se por ela, o choque emocional foi demasiado forte para a sua natureza apaixonada. (...) Tentou atrair terríveis malefícios sobre seu marido, pedindo a um sacerdote de Baal que o amaldiçoasse. Acabou assassinada, levando para o Além toda a frustração da sua humilhante posição de esposa orgulhosa e desprezada.
Ao que parece, o episódio (. . .) estava repercutindo na existência atual, na qual experimentava a tragédia do homossexualismo. (...)"
'Diante de tais fatos o Dr. Kelsey levou o paciente à cura,- que na opinião do paciente, só poderia ter acontecido através da ação de alguma "(...) espécie de exorcismo praticado pelo medico. (...)" (7)
Com relação às provas de reencarnação por meio de ditados 'mediúnicos, Gabriel Delanne, no livro Reencarnacão, cita alguns exemplos. Escolheremos apenas um, que e relatado através de uma carta:
" (...) Meu caro Dr. Delanne . " - :;
Pede o amigo que lhe sejam comunicados os fatos tendentes a provar a reencarnação: (...)
Em agosto de 1886, fizemos uma sessão de evocação, no curso da qual se apresentou, a principio' pela tiptologia, e `depois, a nosso pedido, pela escrita medianimica, uma entidade que meus pais perderam, ainda de pouca idade · (... )
Assegurava esperar, para reencarnar-se, o nascimento do meu primeiro filho, especificando que seria rapaz e viria dentro de 18 meses.
Não se esperava uma criança. Ora, em fevereiro de 1888, nascia o nosso filho mais velho, que recebeu o nome de Allan. na data prevista, com o sexo predito. (...)

E. B. de Réyle.

2, Allé du Levrier. Le Vernet Seine-et-Oisé. (...)" (02)''
Allan Kardec perguntou aos Espíritos Superiores: "Qual a origem das faculdades extraordinárias dos indivíduos que" sem estudo prévio, parecem ter a intuição de certos conhecimentos, o das línguas,'` do 'cálculo, etc.? (...)" Responderam os Espíritos.
"(...) Lembrança do passado; progresso anterior da alma, mas de que ela não tem consciência. Donde queres ''que venham tais conhecimentos? O corpo muda, o Espirito, porém, não muda, embora troque de
, roupagem. " (01 )
Na citação acima, encontramos mais uma prova da reencarnação: a das idéias inatas. A História nos revela inúmeros exemplos de gênios, de sábios, de homens valorosos cujos pais, ou mesmo seus filhos, não foram grandiosos como eles. Esses Espíritos alguns deles, foram crianças prodígio, conseguiram pôr em duvida as leis científicas da hereditariedade, oferecendo, porem, provas de que viveram outras existências no pretérito.
Não se nega a evidência da hereditariedade física ou genética. A herança moral ou intelectual e que não é jamais transmitida de pais para filhos.
Vários sábios nasceram em meios obscuros, como e o caso de Comte, Espinosa, Kleper, Kant, Bacon, Young, Cloude Bernard, etc.
Outros tiveram, nos descendentes, pessoas comuns ou mesmo medíocres. "(...) Pericles procriou dois tolos (...).
Sócrates e Themistocles só tiveram filhos indignos. Entre os romanos vê-se o mesmo. Cícero e seu filho. Germânico e Calígula, Vespasiano e Domiciano; o grande Marco Aurélio teve por filho um furioso - Cômodo. Na História Moderna, o filho de Henrique IV, de Luís XIV, de Cronwell, de Pedro, o Grande, como os de La Fontaine, de Crebillon, de Goethe e de Napoleão, dispensam outros exemplos. (...)" (04)
Ante tais provas, e muitas outras não relatadas aqui, a doutrina da reencarnação mostra ser uma doutrina renovadora, que estimula o progresso individual e, consequentemente, coletivo. A comprovação reencarnatória revela o que fomos, o que somos e o que seremos. Revela, alem da existência e sobrevivência do Espirito, a Lei de Causa e Efeito, regida pelo livre-arbítrio, e a destinação espiritual do homem: a perfeição.
"(...) Em resumo, a teoria das vidas sucessivas satisfaz todas as aspirações de nossas almas, que exigem uma explicação lógica do problema do destino. Ela concilia-se perfeitamente com a idéia duma providência, ao mesmo tempo justa e boa, que não pune nossas faltas com suplícios eternos, mas que nos deixa, a cada instante, o poder de reparar nossos erros, elevando-nos, lentamente, por nossos próprios esforços (...)." (03)
NOTA: A *título de informação, existe um livro de autor não espirita, o Dr Jan Stevenson, intitulado "20 Casos sugestivos de reencarnação", que recomendamos ao leitor, como uma obra útil aos pesquisadores e estudiosos da palingenesia.