Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Justiça e Necessidade da Reencarnação - ESDE antigo


Idéias principais:
A ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a ciência demonstra ser materialmente impossível. A reencarnação é a volta da alma ou espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo.
Sob o nome de ressurreição, o principio da reencarnação era ponto de uma das crenças fundamentais dos judeus, ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo formal; donde se segue que negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo.
A encarnação nos diferentes mundos do universo guarda relação com o grau evolutivo de tais mundos.  No entanto, a bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em vista apenas o envoltório que constitui o corpo do espírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui à proporção que o espírito se purifica. Em certos mundos mais adiantados do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes.

Síntese do Assunto
REENCARNAÇÃO
A  alma, depois de residir temporariamente no espaço, renasce na condição humana, trazendo consigo a herança, boa ou má, do seu passado; reaparece na cena terrestre para pagar as dívidas que contraiu, conquistar novas capacidades que lhe hão de facilitar a ascensão, acelerar a marcha para a frente.
A lei dos renascimentos explica e completa o princípio da imortalidade.
Não se pode compreender que o espírito, destinado à perfeição, consiga realizar toda sorte de progresso numa só existência física. Os próprios fatos do dia-a-dia rejeitam tal idéia.
Devemos ver na pluralidade das vidas da alma, a condição necessária de sua educação e de seus progressos. É à custa dos próprios esforços, de suas lutas, de seus sofrimentos, que ela se redime de seu estado de ignorância e de inferioridade e se eleva, de degrau em degrau, a caminho das inúmeras habitações do universo.
Cada um leva para outra vida e traz, ao nascer, a semente do passado. Somos hoje o resultado das experiências vividas no passado, como seremos amanhã, o produto das nossas ações de hoje.
Nem todas as almas têm a mesma idade, nem todas subiram com o mesmo passo seus estágios evolutivos. Umas percorreram uma carreira imensa e aproximaram-se já do apogeu dos progressos terrestres; outras mal começaram o seu ciclo de evolução no seio das humanidades. Estas são as almas jovens, emanadas há menos tempo do Foco Eterno. Chegadas à humanidade, tomarão lugar entre os povos selvagens ou entre as raças bárbaras que povoam os continentes atrasados, as regiões deserdadas do Globo. E, quando, afinal, penetram em nossas civilizações ainda facilmente se deixam reconhecer pela falta de desembaraço, de jeito, pela sua incapacidade para todas as coisas e, principalmente, pelas suas paixões violentas.
Assim, no encadeamento das nossas estações terrestres, continua e completa-se a obra grandiosa de nossa educação, o moroso edificar de nossa individualidade, de nossa personalidade moral. É por essa razão que a alma tem de encarnar sucessivamente nos meios mais diversos, em todas as condições sociais, é passando alternadamente pelas vidas de pobreza ou riqueza, pelas experiências de renúncias e de trabalho, que irá compreendendo a transitoriedade dos bens materiais e desenvolvendo valores espirituais superiores. São necessárias as existências de estudos, as missões de dedicação, de caridade, por via das quais se ilustra a inteligência e o coração se enriquece com a aquisição de novas qualidades; virão depois as vidas de sacrifício pela família, pela pátria,pela humanidade. Ocorrerão, por certo, existências onde o trabalho e o egoísmo serão abafados através de provas dolorosas de resgate do passado de erros.
Assim se define, pois, a pluralidade das existências, ou reencarnação, ou palingenesia. É uma lei natural, necessária ao aperfeiçoamento humano.
A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os Saduceus (seita judia, formada por volta do ano 248 A.C, fundada por Sadoc), cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditava nisso.
Os judeus não tinham idéias precisas a respeito do mecanismo da ligação da alma ao corpo e mesmo sobre a imortalidade do Espírito.
Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama de reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá idéia de voltar á vida o corpo que já está morto, o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos. A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se à Lazaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas.
A idéia de que João Batista era o espírito de Elias reencarnado, tornou-se tão firme nos discípulos de Jesus, que não admitiam absolutamente dúvida a respeito. E é de notar que o Senhor não dissuadiu seus discípulos deste pensamento: ao contrário, confirmou-o, categoricamente: “Se vós quereis compreender, João Batista é o Elias que há de vir”.
Não há, pois, dúvidas de que, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era ponte de uma das crenças fundamentais dos judeus, ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo formal, donde se segue que negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo.
A encarnação, tal como ocorre na Terra, é a mesma que se observa nos mundos inferiores. Nos mundos superiores, onde só imperam os sentimentos de fraternidade e estando os seus habitantes livres das paixões grosseiras que ocorrem em mundos atrasados, os espíritos gozam de uma encarnação bem mais feliz e nenhum temor têm da morte.
A duração da vida, nos diferentes mundos, parece guardar proporção com o grau de superioridade física e moral de cada um, o que é perfeitamente racional. Quanto menos material o corpo, menos sujeito às vicissitudes que o desorganizam. Quanto mais puro o espírito, menos paixões a dominá-lo. É essa ainda uma graça da Providencia, que desse modo abrevia os sofrimentos.

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