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“Matar o homem velho”, “extinguir sombras”, “vencer o passado” – expressões que comumente são usadas para o processo de mudança interior. Contudo, todos sabemos, à luz dos princípios universais das Leis Naturais, que não existe morte ou extinção, e sim, transformação. Jamais matamos o “homem velho” dentro de nós, podemos sim, conquistá-lo, renová-lo, educá-lo.
Não eliminamos nada do que fomos um dia, transformamos para melhor. Ao invés de ser contra o que fomos, precisamos aprender uma relação pacífica de aceitação sem conformismo a fim de fazer do “homem velho” um grande aliado no aperfeiçoamento.
Portanto, as expressões que melhor significado apresentam para a tarefa íntima de melhoria espiritual serão “harmonia com a sombra” e “conquistar o passado”, que redundam em uma das mais belas e sublimes palavras do dicionários humanos: educação.
Nossas imperfeições são balizas demarcatórias do que devemos evitar, um aprendizado que pode ser aproveitado para avançarmos. A postura de “ser contra” o passado é um processo de negação do que fomos, do qual a astúcia do orgulho aproveita para encobrir com ilusões acerca de nossa personalidade.
…O passado – nosso plantio – está arquivado como experiência intransferível e eterna; não há como “matar” o passado, porém, podemos vitalizá-lo com novos e mais ricos potenciais do Espírito na busca do encontro com o ser Divino, cravado na intimidade profunda de nós próprios. Não há como extinguir o que aconteceu, todavia, podemos travar uma relação sadia e construtora de paz com o pretérito.
…Interiorização é aprender a convivência pacífica e amorável com nossas mazelas. É aprender a conviver consigo mesmo através de incursões educativas ao mundo íntimo, treinando o auto-amor, aprendendo a gostar de si próprio para amar tudo o que existe em torno de nossos passos.
Do livro Reforma íntima sem martírio de Wanderley S. de Oliveira
Pelo espírito de Ermance Dufaux