Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 5 de julho de 2011

Lei da evolução

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Lei da Evolução é o nome utilizado com mais freqüência hoje em dia pelos adeptos e estudiosos do espiritismo para se referir à Lei do Progresso, uma das dez "Leis Morais" a que alude Allan Kardec na Parte Terceira de O Livro dos Espíritos.

Segundo esse princípio, tudo o que existe está em contínua evolução, o Universo, os mundos e os seres, tanto os animados quanto os inanimados, isoladamente ou em conjunto.

Índice [esconder]
1 Conceituação Espírita
2 A Evolução do Espírito e a Pluralidade das Existências
3 Evolução e Causalidade
4 Evolução e as Diferentes Categorias de Mundos Habitados
4.1 Paralelos com o Budismo
5 A Evolução nos Reinos da Natureza
6 Quadro demonstrativo
7 Referências
8 Bibliografia
8.1 Geral
8.2 Evolução nos Reinos da Natureza
9 Ver também
[editar]Conceituação Espírita

"Ao mesmo tempo que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam. Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso. Marcham assim, paralelamente, o progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, porquanto nada na Natureza permanece estacionário."[1]

A Lei da Evolução é intimamente relacionada à Lei de causa e efeito e à Lei da Reencarnação, sendo essencial o entendimento das três leis para compreensão do todo.

[editar]A Evolução do Espírito e a Pluralidade das Existências

A Doutrina Espírita chama de "Espírito" ao "princípio inteligente" após alcançar o reino hominal, isto é, após atingir a consciência moral. O mito do paraíso perdido, constante do livro bíblico "A Gênese", pode ser intepretado como a perda da ingenuidade moral.

"As almas que animavam os humanóides viviam no Éden da ingenuidade. Não tendo ainda adquirido a consciência moral, isto é, sendo incapazes de discernir entre o certo e o errado, não eram responsáveis pelos seus atos, não sendo, portanto, submetidas a expiações. Quando essas almas provaram do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, isto é, quando sua consciência tornou-se madura e se tornaram Espíritos, elas foram expulsas do Éden da ingenuidade e passaram a comer “o pão com o suor do seu rosto”, isto é, tornaram-se responsáveis pelos seus atos, submetendo-se, a partir de então, à Lei da Causalidade".[2]

A Lei da Evolução, aplicada ao Espírito, diz que, através de sucessivas encarnações, o mesmo auto-aperfeiçoa gradativamente nas dimensões intelectual e moral, deixando sua condição inicial de "simplicidade e ignorância" para se elevar à condição de pureza espiritual.

[editar]Evolução e Causalidade

Ensina a Doutrina Espírita que "O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la.".[3]

Sendo o Espírito dotado de livre-arbítrio[4] sobre suas ações e sendo ele responsável pelos seus atos, sempre que o indivíduo (espírito encarnado) pratica uma ação contra a lei de Deus, ele pratica o mal, devendo, portanto, reparar, em oportunidade futura, o mal que cometeu, o que fará tendo que repetir em piores condições experiência relacionada àquela onde ele errou, o que é chamado de expiação. Se, por outro lado, ele pratica uma ação conforme à lei de Deus, ele pratica o bem, nada tendo a reparar e credenciando-se a novas experiências que são chamadas de provas. Tal é a expressão da Lei de Causa e Efeito.

[editar]Evolução e as Diferentes Categorias de Mundos Habitados

A evolução dos mundos habitados[5] ocorre no mesmo ritmo da dos seres que habitam em cada um deles. Os mundos habitados, segundo o Espiritismo, podem ser classificados do seguinte modo:

Mundos Primitivos: destinados às primeiras encarnações do Espírito. São os mundos formados há menos tempo. Neles se encontram todos os seres nas suas fases iniciais de progresso.
Mundos de expiação e provas, onde domina o mal entre os Espíritos. Nesses mundos, algumas espécies animais já demonstram um certo grau de raciocínio e consciência. A exploração dos animais pelo ser humano e o desrespeito à natureza são preponderantes.
Mundos de regeneração, nos quais os Espíritos que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta. As demais espécies de seres vivos estão mais evoluídas e poucos são os seres humanos que as exploram para o trabalho ou para deles se alimentarem. É maior, também, o respeito pela natureza em geral.
Mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal. Nesses mundos a exploração das espécies animais pelo ser humano e o desrespeito pela natureza são reduzidos.
Mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. Todos os outros seres, nestes mundos, encontram-se no seu estágio final de desenvolvimento antes de passarem para o reino seguinte na escala evolutiva. Reinando somente o bem nesses mundos, a harmonia entre todos os seres é total.
A Terra pertence, ainda, à categoria de mundo de expiação e provas. É inegável, no entanto, que o mal, sob uma perspectiva histórica, vem diminuindo de forma sistemática e que já se pode dizer que as iniciativas voltadas para o bem são, pelo menos, tão numerosas quanto as voltadas para o mal. Pode-se concluir, portanto, que a Terra está entrando em uma fase de transição para mundo de regeneração. Mensagens espirituais que vem sendo recebidas no movimento espírita desde o final do século XX têm confirmado tal percepção.

[editar]Paralelos com o Budismo
Para o Budismo, há seis tipos de existência: Deuses, Semideuses, Humanos, Animais, Fantasmas famintos e Seres do Inferno; o renascimento em formas superiores ou inferiores seria determinado pelos bons ou maus atos, ou karma, produzido durante vidas anteriores.

Nas diversas vertentes do Budismo não existe a idéia de um Plano Espiritual onde vivem os espíritos desencarnados, como existe no Espiritismo. Para elas, a alma transita continuamente entre os diversos reinos acima, cada um com suas características distintas.

Outra diferença entre o Budismo e o Espiritismo é com respeito à questão da evolução entre os reinos. Para o Espiritismo, os reinos possuem fases progressivas de aprendizado. Assim, quem já reencarna como ser humano, nada mais tem a aprender como animal. Para o Budismo, por outro lado, alguns humanos podem precisar viver existências como animais em função de seu karma.

[editar]A Evolução nos Reinos da Natureza

As ciências que estudam o comportamento animal, tanto a Etologia, quanto a Psicologia Comparativa surgiram no século XX, após, portanto, Kardec ter escrito a Codificação. Assim sendo, para se ter uma melhor compreensão de como o princípio inteligente evolui através dos reinos da natureza, é recomendável um estudo das obras que constam de uma bibliografia não exaustiva sobre o assunto que consta ao final deste artigo.

É importante observar, para compreensão dessas obras, que, para o Espiritismo, a humanidade está em um reino à parte dos demais animais, reino este que é chamado de hominal, como visto mais acima, uma vez que somente o ser humano possui a consciência moral.

[editar]Quadro demonstrativo


No quadro ao lado pode-se ter uma idéia de como se procede a Evolução do Espírito, através das sucessivas reencarnações.

Por este quadro vê-se que, quando mais próximo do grau zero, menos evoluído será o indivíduo, ao passo que aquele que mais se aproximar de 10 será uma pessoa com alto grau de conhecimento e amor, ou seja, de sabedoria e, depois dele, terá atingido um grau comumente chamado de angelitude, o que na "escala espírita[6] correponde ao estágio de Espírito Puro.

Referências

↑ Item 19 do Capítulo III de O Evangelho segundo o Espiritismo
↑ Trecho do artigo Adão e Eva, que faz uma interpretação do mito sob a luz do Espiritismo.
↑ Resposta à questão 630 de O Livro dos Espíritos, que foi: "Como se pode distinguir o bem do mal?"
↑ O livre-arbítrio faz parte da Lei da Liberdade, uma das Leis Morais, sendo tratado em O Livro dos Espíritos da questão 843 à 850.
↑ A progressão dos mundos e as diferentes categorias e mundos habitados são assuntos tratados no Capítulo III de O Evangelho Segundo o Espiritismo
↑ Questões 100 a 113 do Livro 2, Capítulo I de O Livro dos Espíritos.
[editar]Bibliografia

[editar]Geral
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. FEB
id. O Evangelho Segundo o Espirtismo. FEB
id. A Gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. FEB
[editar]Evolução nos Reinos da Natureza
ANDRÉA DOS SANTOS, Jorge. Impulsos Criativos da Evolução. 3.ed. Rio de Janeiro: Societo Lorenz.
BOZZANO, Ernesto. Os Animais têm Alma? Lachâtre.
CIAMPONI, Durval. A Evolução do Princípio Inteligente. FEESP.
KHÜL, Eurípedes. Animais, Nossos Irmãos. PETIT. ISBN 8572530258
BENEDETI, Marcel. A Espiritualidade dos Animais. Mundo Maior.
MARTINS, Celso. A Alma dos Animais. DPL Editora.
NETO, Paulo. Alma dos Animais: Estágio Anterior à Alma Humana? GEEET.
PRADA, Irvênia. A Questão Espiritual dos Animais. Editora FE.
SCHUTEL, Cairbar de Souza. Gênese da Alma. Editora O Clarim.
XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Evolução em Dois Mundos. Ditado pelo Espírito André Luiz. 13.ed. Rio de Janeiro: FEB, 1993.
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