Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 31 de maio de 2011

Origem e natureza dos Espíritos


Idéias Principais
(...) Desde que a matéria tem vitalidade independente do Espírito e que o Espírito tem uma vitalidade independente da matéria, evidente se torna que essa dupla vitalidade repousa em dois princípios diferentes.
(...) Há, na matéria orgânica, um princípio especial, inapreensível e que ainda não pode ser definido: o princípio vital . Ativo no ser vivente, esse princípio se acha extinto no ser morto (...).
(...) Individualizado, o elemento espiritual constitui os seres chamados Espíritos (...).
Origem e Natureza dos Espíritos
A espécie humana tem origem entre os elementos orgânicos contidos no globo terrestre (...) e veio a seu tempo. Foi o que deu lugar a que se dissesse que o homem se formou do limo da terra.
Dizemos que os Espíritos são imateriais, porque, pela sua essência, diferem de tudo o que conhecemos, sob o nome de matéria. (...)
Sendo uma criação, o Espírito há de ser alguma coisa. É a matéria quintessenciada (...).
 Na pesquisa da origem da vida, a biologia oferece-nos vasto campo de estudo através de várias hipóteses. Estudaremos aqui aquela ensinada pelos Espíritos Superiores e que é quase o consenso geral da ciência oficial.
Procurando fixar idéias seguras acerca do corpo espiritual, será preciso remontarmos, de algum modo, aos primórdios da vida na Terra, quando mal cessavam as convulsões telúricas, pelas quais os Ministros Angélicos da Sabedoria Divina, com a Supervisão do Cristo de Deus, lançaram os fundamentos da vida no corpo ciclópico do Planeta.(...)
Após a formação da Terra; a partir de uma matéria elementar existente, os Espíritos Superiores operam sobre o planeta recém-formado, favorecendo o surgimento de extensas superfícies de mares mornos ou quentes e de (...) gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva. (...)
Dessa geleia cósmica, verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações... (...). Este princípio inteligente ou Mônodas celestes no transcurso dos milênios, são trabalhadas e magnetizadas pela espiritualidade maior, até se manifestarem em (...) rede filamentosa do protoplasma de que se lhes derivaria a existência organizada no Globo constituído.
Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da existência, formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos princípios inteligentes ou mônodas fundamentais, que se destacaram da substância viva (...) originando-se assim as formas primitivas de microorganismos, evoluindo sucessivamente, através de milênios e milênios, para os minerais, os vegetais (inferiores e superiores), os animais (esponjas, crustáceos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) até chegar no período quaternário com o aparecimento da forma hominal.
(...) Compreendendo-se, porém, que o princípio divino aportou na terra, emanando da Esfera Espiritual, trazendo em seu mecanismo o arquéotipo a que se destina, (...) não podemos circunscrever-lhe a experiência ao plano físico simplesmente considerado, porquanto, através do nascimento e morte da forma, sofre constantes modificações nos dois planos em que se manifesta. (...) Daí, considerarmos que a evolução das formas de vida no nosso planeta não evoluiu apenas na sua manifestação no campo físico, mas também no extrafísico; justificando, assim, a ignorância em que a ciência ainda se mantém ante os chamados elos perdidos da evolução. Se a ciência considerasse a evolução para além da matéria física, compreenderia o processo lento, porém contínuo e gradual, da vida e não se deteria nas buscas infrutíferas, de encontrar tais elos perdidos.
O fato de uma linhagem de antropóides erguer a coluna vertebral em sentido vertical, tido pela biologia como um grandioso e glorioso marco evolutivo, tem igualmente elevadas implicações em se tratando do homem como ser espiritual: a conquista da razão. A partir daí, já não se fala mais em elemento espiritual mas numa individualidade organizada, destinada à perfeição, chamada Espírito.
Ao lado da evolução da forma emparelhou-se a evolução moral. O aprimoramento do corpo físico gerou o acrisolamento dos sentidos, e, aumentado a percepção exterior, a orientação direta exercida pelos Espíritos Superiores, foi diminuindo gradualmente, deixando o homem progredir pela aquisição do livre-arbítrio.
Antes de tecer alguns comentários a respeito da natureza dos Espíritos, é importante estabelecer a diferença entre princípio espiritual e princípio vital.
 (...) Há na matéria orgânica um princípio especial, inapreensível e que ainda não pode ser definido: o princípio vital. Ativo no ser vivente, esse princípio se acha extinto no ser morto (...). Os seres orgânicos assimilam o princípio vital, para realizarem todas as funções vitais. Os seres inertes, como por exemplo, os minerais, não assimilam este princípio, e as estruturas químicas tais como hidrogênio, oxigênio, carbono, nitrogênio, etc., combinariam entre si formando os diversos tipos de corpos inorgânicos, amplamente distribuídos na natureza.
O princípio vital modifica a constituição molecular de um corpo, dando-lhe propriedades especiais.
A atividade do princípio vital é alimentada durante a vida pela ação do funcionamento dos órgãos (...). Cessada aquela ação, por motivo da morte, o princípio vital se extingue (...). A partir da extinção do princípio vital, a matéria é decomposta em seus elementos constitucionais (oxigênio, carbono, nitrogênio, etc.), os quais poderão se agregar para formar corpos inertes ou inorgânicos, ou se manterão dispersos até a formação de novas combinações.
O princípio espiritual tem existência própria (...). Individualizado, o elemento espiritual constitui os seres chamados Espíritos. (...) E Espíritos são, portanto, Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criados por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. (...)
A natureza dos Espíritos é algo do qual pouco ou nada sabemos. A pergunta 82 de O Livro dos Espíritos, sobre a imaterialidade dos Espíritos, assim nos diz: (...) Imaterial não é bem o termo; incorpóreo seria mais exato, pois deves compreender que, sendo criação, o Espírito há de ser alguma coisa. É matéria quintessenciada, mas sem analogia para vós outros, e tão etérea que escapa inteiramente ao alcance de vossos sentidos. (...)
Na mesma pergunta, logo abaixo, Kardec completa: Dizemos que os Espíritos são imateriais, porque, pela sua essência, diferem de tudo o que conhecemos sob o nome de matéria. Um povo de cegos careceria de termos para exprimir a luz e seus efeitos. (...) Nós outros somos verdadeiros cegos com relação à essência dos seres sobre-humanos. (...)
Bibliografia:  Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita - FEB - Programa I - Edição 1996
XAVIER, Francisco Cândido. In: Fonte Viva. Ditado pelo Espírito Emmanuel.
20 ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1995, lição 139, p. 312.

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