Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"A Gênese" Cap XV - O Filho da Viúva de Naim

 

38. No dia seguinte Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e seus discípulos o acompanhavam com uma grande multidão de povo. Quando estavam perto da porta da cidade, sucedeu que traziam um morto a enterro; tratava-se do filho único de sua mãe, que era viúva, e havia grande número de pessoas da cidade com ela. 

O Senhor tendo-a visto, tocou-se de compaixão por ela, e lhe disse: 
Não chores mais. - Depois, aproximando-se, tocou o esquife, e os que o conduziam pararam. Então disse: Jovem, levanta-te, eu te ordeno. - Ao mesmo tempo o morto se ergueu, sentou-se, e começou a falar, e Jesus o entregou à sua mãe. 

Todos que estavam presentes foram tomados de terror, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta surgiu entre nós, e Deus visitou o seu povo. _ O rumor desse milagre espalhou-se por toda a Judéia e em todos os países em seu derredor. (S. Lucas, cap. VII vers. de 11 a 17). 

39. O fato da volta à vida corporal, de um indivíduo realmente morto, seria contrário às leis da natureza, e por conseguinte, mais miraculoso. Ora, não é necessário recorrer a esta ordem de fatos para explicar as ressurreições operadas pelo Cristo. 

Se, entre nós, as aparências enganam por vezes os profissionais, os acidentes dessa natureza deviam ser bem mais freqüentes num país onde não se tomasse nenhuma precaução, e onde o sepultamento fosse imediato. (1) Há, pois, toda a probabilidade de que, nos dois exemplos acima citados apenas houve síncope e letargia. Jesus mesmo o diz, positivamente, em relação à filha de Jairo: Esta moça não está morta, ela apenas está adormecida. 

Dado o poder fluídico que possuía Jesus, nada há de espantoso que o fluido vivificante, dirigido por uma forte vontade, haja reanimado os sentidos entorpecidos; e mes mo, que ele tenha podido voltar ao corpo o Espírito prestes, a deixá-lo, enquanto o liame perispiritual não estivesse definitivamente rompido. Para os homens daquele tempo, que julgavam estar o indivíduo morto, desde que não respirasse mais, houve ressurreição, e isso terão podido afirmar, com toda boa fé; porém, houve na realidade cura, e não ressurreição, na acepção da palavra. 

40. A ressurreição de Lázaro, digam o que disserem, não invalida de modo nenhum esse princípio. Diz-se que ele já estava há quatro dias no sepulcro; mas sabe-se que há letargias que duram oito dias, e mesmo mais. Acrescenta-se que ele cheirava mal o que é um sinal de decomposição. Essa alegação não prova nada, visto que em certos indivíduos há decomposição parcial do corpo, mesmo antes da morte, e exalam odor de apodrecimento. A morte não chega senão quando os órgãos essenciais à vida são atacados. E quem podia saber se ele cheirava mal? É sua irmã Marta que o diz; mas como sabia? Lázaro se achava enterrado há quatro dias, ela supunha isso, mas não podia ter certeza. (Cap. XIV, nº 29). (2) 

(1) Uma prova de tal costume encontra-se nos Atos dos Apóstolos, cap. V, vers. 5 e seguintes: 

"Ananias, tendo ouvido aquelas palavras, caiu e entregou o Espírito; e todos os que disso ouviram falar, foram tomados de grande medo. Logo, alguns jovens vieram buscar o seu corpo, e, tendo-o levado, o enterraram. Decorridas cerca de três horas, sua mulher (Safira), que nada sabia do ocorrido, entrou. _ E Pedro lhe disse..., etc. _ No mesmo momento ela caiu a seus pés e entregou o Espírito. Os jovens, entrando, encontraram-na morta; e levando-a, a enterraram ao pé de seu marido. 

(2) O seguinte fato prova que a decomposição algumas vezes se antecipa à morte. No convento do Bom Pastor, fundado em Toulon pelo abade Marin, capelão dos cárceres, para as decaídas arrependidas, encontrou-se uma jovem que suportava os maiores sofrimentos com a calma e a impassibilidade de uma vítima expiatória. No meio das dores, ela parecia sorrir a uma visão celeste; como Santa Teresa, pedia maiores sofrimentos; sua carne estava em frangalhos; a gangrena lhe devastava os membros; por sábia previdência, os médicos haviam recomendado fazer o sepultamento imediatamente após a morte. Coisa estranha! Logo que ela exalou o último suspiro, todo o processo de decomposição parou; as exalações cadavéricas cessaram; durante trinta e seis horas ela permaneceu exposta às orações e à veneração da comunidade. 

 

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